| 20/12/2006 12h47min
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu no final da manhã desta quarta-feira que a decisão sobre o aumento salarial dos parlamentares seja tomada o mais rápido possível. Ele também deixou claro que a iniciativa de decidir o valor é da Câmara.
– Todo mundo acha que devemos virar a página. A iniciativa é da Câmara, mas o desejo é de resolver isso logo – disse o presidente do Senado.
Desde a noite de terça-feira, Calheiros já havia descartado a participação na reunião convocada pelo presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), para o meio-dia de hoje, para decisão conjunta do valor a ser votado. Ao saber da decisão de Calheiros de não participar da reunião, o deputado chegou a cogitar a não realização do encontro e de deixar a decisão para o plenário. Até há pouco, no entanto, estava mantida a previsão de reuniào para o meio-dia.
Calheiros defendeu a fixação do teto do funcionalismo e descartou que esteja em curso um movimento de retaliação ao Supremo Tribunal Federal (STF), boicotando a votação do aumento de R$ 24,5 mil para R$ 25,7 mil dos salários dos ministros, que aguarda inclusão na pauta do Senado.
– Não há clima de retaliação. O Brasil cobra que tenhamos bom senso, equilíbrio. Fizemos a opção pela democracia representativa. Se tiver erros, distorção, vamos corrigir, mas não pode agredir, afetar a instituição, porque isso afeta a democracia – disse.
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