| 23/12/2006 08h00min
Dos times formados pelo Cerro Porteño nos últimos anos, nenhum arrancou mais suspiros da torcida que o deste ano. O título do Torneio Clausura veio de forma invicta, sem uma derrota sequer: foram 16 vitórias, quatro empates, 35 gols a favor, 10 contra e nove pontos de vantagem sobre o Libertad, segundo colocado. Somando o ano todo, foram 92 pontos. É este Cerro que espera o Grêmio logo na estréia na Libertadores, dia 21 de fevereiro, em Assunção.
É bem verdade que, na hora de decidir em dois jogos o título de supercampeão paraguaio contra o próprio Libertad, campeão do Apertura, o Cerro tropeçou na própria soberba. Imaginou a taça no armário por conta da espetacular campanha do segundo semestre, uma vez que enfrentaria o Libertad em dezembro. Ficou no 0 a 0 em casa e levou 2 a 1 no mesmo estádio General Pablo Rojas, capacidade para 25 mil pessoas, onde enfrentará o Grêmio.
Mas a torcida do "Ciclón" está apreensiva. Para ser campeão da Libertadores pela primeira vez – o rival Olimpia é tri – é preciso reforçar o time, formado por jovens oriundos das categorias de base. Por enquanto, a direção não contratou e ainda perdeu três jogadores. O atacante Walter Fretes foi vendido por US$ 2 milhões ao Jaguares, do México. O meia Raul Román e o atacante Pablo Escobar não renovaram contrato e procuram clube. O presidente Luis Alberto Pettengill diz que o maior reforço para 2007 é a permanência do técnico argentino Gustavo Costas. O ídolo da torcida é o zagueiro e capitão Carlos Baez Appleyard, 24 anos, ex-integrante das organizadas.
– O Cerro formou uma equipe jovem, que tem no sentido de solidariedade e no preparo físico as suas virtudes. Mas para ganhar a Libertadores é preciso mais que isso. Falta experiência – analisa Miguel Cáceres, responsável pelo noticiário do Cerro Portenho no jornal ABC Color, de Assunção.
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