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O líder iraquiano Saddam Hussein poderá ter acesso à bomba nuclear dentro de três meses, usando equipamento alemão pirateado e urânio contrabandeado do Brasil. A afirmação é do cientista dissidente iraquiano Khidir Hamza, em entrevista ao jornal britânico The Times. O cientista foi conselheiro do programa iraquiano de energia atômica até desertar, em 1994.
Segundo ele, os equipamentos alemães originais foram destruídos pelos inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1998, mas os cientistas do Iraque podem ter estudado o funcionamento da máquina e a copiado. O cientista não diz como o urânio brasileiro chegaria ao Iraque.
O Brasil exportou urânio para o Iraque durante mais de 10 anos, entre 1979 e 1990. Foram vendidas para Bagdá dezenas de toneladas do minério em primeiro estágio de beneficiamento, muito distante do urânio enriquecido, última etapa do processo que permite alimentar bombas e ogivas de mísseis.
Segundo reportagem exclusiva do jornal Estado de São Paulo, o urânio saía das jazidas da extinta Nucleabrás, em Poços de Caldas, Minas Gerais. De lá era levado a São José dos Campos e embarcado nos portos de Santos e São Sebastião. Segundo o jornal, quando Israel destruiu a central nuclear iraquiana, em 1981, pelo menos 40 técnicos brasileiros haviam deixado as instalações, onde era construído o primeiro reator do complexo.
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