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 | 28/12/2006 09h21min

Número de mortes chega a 15 em onda de violência no Rio

Ataques a ônibus e a postos policiais começaram na madrugada

O Rio viveu uma madrugada de violência nesta quinta com ônibus incendiados e ataques a delegacias e postos da Polícia Militar. As investidas continuaram durante a manhã desta quinta em vários pontos da cidade. Segundo a Globo Online, até o momento, foram confirmadas pelo menos 15 mortes, incluindo a de dois policiais militares. Outras 20 pessoas ficaram feridas.

Os ataques começaram no início da madrugada, quando oito homens fortemente armados atacaram dois coletivos que passavam pela ligação entre a Rodovia Washington Luiz e a Avenida Brasil. Segundo testemunhas, os criminosos não deram tempo para que os passageiros descessem. Um terceiro ônibus foi incendiado na Penha.

Pouco depois, a 6ª Delegacia de Polícia (DP), na Cidade Nova, foi atacada com uma granada, assim como a 28ª DP, no Campinho. Na 28ª DP, um policial foi baleado.

Na Zona Sul, um policial militar levou 12 tiros. Ele chegou a ser levado para o Hospital Miguel Couto, no Leblon, mas já chegou morto.

Na Praia de Botafogo, homens armados com fuzis metralharam uma cabine da PM e uma ambulante que estava no local morreu na hora. Uma criança, um homem e um policial foram baleados.

Na Zona Norte, dois policiais militares foram baleados dentro de uma cabine em Del Castilho. O mesmo aconteceu em postos de policiamento na Favela Nova Holanda, no conjunto de favelas da Maré e no bairro de Rocha Miranda.

Por volta das 7h de hoje, cerca de 20 bandidos da favela Vila Aliança atearam fogo em três ônibus em Bangu. Não há informações sobre vítimas. Também pela manhã, uma cabine da Polícia Militar foi baleada no Alto da Boa Vista, na zona norte da cidade. De acordo com a Globo News, dois policiais foram feridos.

Cenário semelhante foi visto em São Paulo neste ano

São Paulo sofreu este ano três ondas semelhantes de ataques a alvos civis e públicos, além de uma série de atentados contra agentes penitenciários. A responsável foi a facção criminosa Primeiro Comando da Capital – no Rio, seu equivalente é o Comando Vermelho.

Em território paulista, foram 998 alvos de atentados – 362 ônibus incendiados, 122 caixas eletrônicos e bancos atingidos por bombas caseiras e tiros e 352 equipamentos públicos e casas de policiais atacados. Nas investidas contra ônibus, os passageiros eram convidados a descer pelos bandidos, antes que o fogo fosse ateado.

O saldo foi de 157, mortes, sendo 53 de agentes públicos e civis e 104 de supostos criminosos em confrontos com a polícia.


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