As autoridades de Hong Kong anunciaram que foi registrado o primeiro caso de vírus da gripe aviária em três anos em uma ave encontrada morta há quatro dias, embora se trate da cepa H5, menos perigosa do que o H5N1, informou hoje a agência oficial "Xinhua".

O assistente do responsável de Agricultura, Pesca e Conservação, Thomas Sit, anunciou que serão realizados novos testes em outras cinco aves e que os resultados serão divulgados nos próximos dias.

Apesar de o H5 ser menos patogênico, isto não evitou o temor de um surto da doença em Hong Kong, que sofreu uma grande epidemia de gripe aviária em 1997, mas quase não registrou casos nos últimos anos, apesar da proximidade das ocorrências na China e no sudeste da Ásia.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o vírus H5 é menos grave, mas quando pode circular entre populações de aves domésticas é capaz de mutar, geralmente em poucos meses, para se transformar na forma hiperpatogênica, ou seja, o temido H5N1. Relatórios da OMS destacam que, por esta razão, a presença de um vírus H5 ou H7 nas aves de criação é sempre motivo de preocupação, embora os primeiros sinais de infecção sejam leves.

Por sua situação geográfica, Hong Kong é mais vulnerável à gripe aviária entre os meses de janeiro e março, por causa da chegada de aves migratórias. Embora as autoridades já tenham reforçado os exames em fazendas e lojas de animais de estimação, nenhum caso de gripe aviária foi registrado. Ao mesmo tempo, as autoridades anunciaram que voltarão a inspecionar a cidade para convencerem os habitantes a não criarem aves nos jardins de suas casas.

Nesta mesma época de 2006, a China havia informado sobre numerosos casos em aves e sobre os primeiros em seres humanos. Como, no fim de 2006, nenhuma ocorrência foi registrada, acreditava-se em uma menor incidência da gripe aviária em 2007.

Na China, o último surto da doença em aves ocorreu em outubro de 2006, no norte do país.

Com relação aos casos em humanos, a China registrou 21, dos quais 14 foram mortais (o primeiro ocorreu em 2003, mas só foi descoberto no ano passado).

AGÊNCIA EFE