| 09/01/2007 19h41min
Em entrevista coletiva concedida logo depois de reunião, os quatro governadores do Sudeste apresentaram os pontos discutidos e divulgaram uma nota conjunta, na qual fazem uma série de reivindicações ao governo federal, sintetizadas em seis itens. O encontro entre os governadores Sérgio Cabral, do Rio, José Serra, de São Paulo, Aécio Neves, de Minas Gerais, e Paulo Hartung, do Espírito Santo, com a presença ainda do prefeito Cesar Maia, acabou por volta das 19h, no Palácio Laranjeiras, no Rio.
Eles querem aumento de efetivo da Polícia Federal nos quatro Estados e presença das Forças Armadas nas fronteiras para reprimir o tráfico de armas; intensificação e integração dos serviços de informação do governo federal e dos governos estaduais; aumento do efeito da Polícia Rodoviária Federal; suplementação do orçamento federal para área de segurança, cujos valores não podem ser inferiores aos de 2006; recursos da área de segurança isentos de contingenciamento orçamentário; e repasse do Fundo de Segurança Pública para capacitar e treinar policiais dos quatro Estados, além de investimentos na polícia técnica.
O encontro dá início aos trabalhos do Gabinete Integrado de Segurança do Sudeste. A idéia é unificar as informações do setor para facilitar o combate ao crime na região mais populosa e rica do país. Em dezembro, os quatro governadores se reuniram, também no Rio, e anunciaram a criação do gabinete. A integração entre as forças policiais é prevista no Plano Nacional de Segurança Pública. O gabinete do Rio foi criado há quase dois anos, mas não estaria funcionando, segundo Sérgio Cabral.
A primeira medida do Gabinete será o reforço no patrulhamento nas divisas dos Estados. O objetivo é impedir a entrada de armas, drogas e a fuga de bandidos. Dezenove pontos começam a ser vigiados ainda este mês por homens da Força Nacional de Segurança. A Polícia Militar também reforçará o patrulhamento nas vias expressas. Na Linha Vermelha, devem ser feitos dois corredores de policiamento especial.
No fim do ano passado, uma onda de ataques deixou 19 mortos e mais de 20 feridos no Rio. No Espírito Santo, seis ônibus foram queimados por criminosos na região metropolitana de Vitória, desde 29 de dezembro.
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