| 09/01/2007 20h15min
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), espera contar com os votos de dissidentes do PMDB, apesar da decisão do partido de apoiar oficialmente o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), na eleição para a Presidência da Casa. Rebelo disse respeitar a posição do PMDB, mas afirmou que tem o apoio de vários parlamentares da sigla. O atual presidente da Câmara disse que em nenhum momento pensou em desistir da candidatura.
– Nunca cogitamos. A candidatura vai até a vitória, com apoio de partidos que integram a campanha e de parlamentares do PMDB – ressaltou.
Ele declarou já ter o apoio de PFL, PSB e PMN, além de seu próprio partido, o PCdoB, e disse estar em negociações com PSDB, PDT, PTB e PL.
O presidente lembrou que, antes da legalização do PCdoB, foi filiado ao PMDB, e inclusive foi delegado na convenção do partido que indicou Tancredo Neves como candidato à Presidência da República para as eleições de 1985.
– Tenho laços históricos com o PMDB – disse.
Rebelo não fez críticas ao governo e disse que não houve interferência indevida do Planalto na decisão do PMDB de apoiar Chinaglia. Disse ainda que não pretende se apresentar como um candidato anti-PT.
– Minha candidatura pode combater idéias, mas não pessoas. Sou contra isolar partidos do governo e isolar partidos da oposição – disse.
Em relação aos salários dos parlamentares, Rebelo disse que está preparando uma carta aos deputados com os compromissos de campanha. Um dos itens, segundo ele, serão os vencimentos. A carta deverá especificar uma forma de resolver o problema do teto geral para os servidores dos três poderes.
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