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Desde o final da manhã desta quinta, 19 de setembro, quando a tendência de queda se viu invertida, o dólar se manteve em constante alta. No encerramento do pregão, a elevação da moeda norte-americana alcançou 2,83%, e a cotação fechou o dia em R$ 3,445 na compra e em R$ 3,450 na venda. O mercado financeiro atuou sob forte pressão, depois de o Banco Central ter limitado as próximas rolagens de títulos e swaps cambiais.
O volume reduzido de negócios no mercado de câmbio favoreceu a pressão sobre as cotações do dólar. Pouco antes das 16h, a moeda norte-americana atingiu R$ 3,46 na ponta de venda, com valorização de 3,13%.
As especulações em torno de pesquisas eleitorais diminuíram em relação ao período da manhã, mas o cenário político continua como o principal fator de cautela e retração dos investidores. A essa cautela é atribuída parte da fuga de recursos estrangeiros do país, que derruba os títulos da dívida pública. Também o cenário internacional
contribui para a aversão ao risco
de países emergentes, uma vez que os investidores estão receosos até mesmo com as economias consideradas mais sólidas.
O Banco Central promoveu intervenções pela manhã e ficou praticamente ausente do mercado no período da tarde. Antes do horário de almoço, o BC vendeu dólares diretamente às mesas de câmbio dos bancos "dealers" e ainda realizou leilões de linha externa e de financiamento à exportação. Ainda assim, não foi possível conter o avanço da divisa dos Estados Unidos.
A valorização do dólar acumula, no mês, 14,61%. No ano, esse índice alcança os 48,96%. Em contrapartida, o real amarga uma desvalorização mensal de 12,75% e uma taxa anual negativa em 32,86%.
Com informações da Globo News e da agência Reuters.
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