| 16/01/2007 14h17min
De férias no exterior, de onde só deve retornar no início da próxima semana, o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), terá de administrar a primeira crise do ano no partido, provocada pelo apoio declarado pela bancada tucana da Câmara à candidatura do petista Arlindo Chinaglia (SP). Ao que tudo indica, a disputa na Câmara é apenas um dos muitos dilemas que o PSDB terá de resolver ao longo do ano – e que foram elencados pelo senador em entrevista antes de se seu embarque para a Europa – para continuar competitivo nos próximos embates eleitorais.
Depois de assistir à segunda derrota consecutiva do partido pelo comando do Palácio do Planalto, Tasso considera fundamental que a legenda mude sua linguagem elitista por uma mais popular, ganhe uma cara nacional e amplie o espaço de líderes fora de São Paulo. Para chegar novamente ao poder, Tasso considera fundamental que os tucanos se unam efetivamente em torno do candidato que for escolhido para concorrer à sucessão de 2010, sob pena de amargar uma nova decepção.
E para aqueles que estão de olho no seu posto, achando que assim vão poder controlar a disputa interna entre os dois nomes mais cotados para encarar a próxima eleição presidencial – os governadores eleitos de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves – ele avisa que não adianta achar que uma imposição conseguirá unir o partido.
Tasso não foge da polêmica sobre uma declaração dada no fim do ano passado, em que admitiu apoiar o conterrâneo Ciro Gomes, deputado eleito pelo PSB do Ceará, numa possível nova candidatura à Presidência. Embora se diga fiel ao PSDB, o senador diz que só deve satisfações ao povo do Ceará e a mais ninguém.
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