| 17/01/2007 21h38min
O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, disse nesta quarta-feira que a candidatura do tucano Gustavo Fruet para a presidência da Câmara, anunciada na terça-feira não vai tirar votos de nenhum dos candidatos dos partidos da base de sustentação do governo: Aldo Rebelo (PCdoB) e Arlindo Chinaglia (PT).
– Não cabe ao governo emitir juízo se o candidato alternativo tem ou não chance de ganhar. Essa é uma questão interna da Câmara. Aquele que for eleito terá o mesmo respeito do governo federal. Nós acreditamos, no entanto, que essa terceira candidatura não tirará voto nem do Aldo nem do Chinaglia, embora tenhamos ainda dez dias pela frente – disse Tarso.
O ministro afirmou que a disputa não é motivo de preocupação no Palácio do Planalto, alegando que não há sinais de instabilidade política nas relações internas da Câmara.
– É claro que o governo tem uma atenção especial pelo seus dois candidatos, mas qualquer que seja o
resultado, será produto de uma decisão
republicana e transparente – disse.
Com relação a um possível racha na base aliada, em função da disputa entre Aldo Rebelo e Arlindo Chinaglia, Tarso acrescentou:
– Nosso entendimento é que essa divisão na base do governo é meramente conjuntural. O que vai dar solidez e unificar a base é o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento, que deve ser apresentado na próxima segunda-feira]. É ele que vai unificar a base do governo. Essa é a essência da coalizão. Se eventualmente o PAC não conseguir soldar a base do governo, o que nós não acreditamos, isso sim pode nos preocupar.
O ministro também reafirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva só vai iniciar a reforma ministerial em fevereiro, quando a Câmara já tiver um novo presidente.
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