| 01/02/2007 09h04min
Fundado há apenas 17 anos, a partir de uma fusão entre Pinheiros e Colorado, o Paraná Clube terá sua primeira experiência na Copa Libertadores da América nesta quinta-feira, quando disputará uma vaga na fase de grupos da mais importante competição do continente contra o Cobreloa (Chile). A partida ocorre no estádio Municipal da cidade de Calama, às 19h15 (horário de Brasília).
A classificação do time paranaense para a competição continental, aliás, foi surpreendente. Sob o comando de Caio Júnior, atualmente no Palmeiras, o clube alcançou a quinta colocação na tabela e garantiu a vaga apenas porque o Inter, que já tem lugar assegurado por ter vencido a última edição, terminou entre os quatro primeiros do Campeonato Brasileiro.
Só que no começo desta temporada, a equipe acabou sofrendo com uma verdadeira debandada. Muitos atletas que se destacaram na competição nacional receberam propostas. Nem o fato de disputar pela primeira vez a Copa Libertadores fez com que o Paraná conseguisse segurar a base vencedora do ano passado. Com isso, iniciou-se uma reformulação quase que completa para a disputa do torneio.
Dos vários nomes contratados, apenas o do meia-atacante Dinélson, que tem os direitos federativos presos ao Corinthians, mas atuou por empréstimo em vários clubes brasileiros, é o mais conhecido. Além dele, a outra grande contratação está no banco de reservas: o ex-goleiro e agora treinador Zetti, que chegou para trazer ao Paraná sua experiência de ter sido bicampeão da Libertadores pelo São Paulo.
Assim, desde que assumiu a equipe no começo do ano, Zetti não tirou a competição da cabeça. Tanto que utilizou os jogos do Campeonato Paranaense para conhecer seus comandados e testar formações táticas. O resultado da experiência, aliás, é de animar qualquer torcedor paranista: em cinco rodadas, foram três vitórias, um empate e apenas uma derrota.
Agora, o Paraná Clube vai com todas as forças para cima do Cobreloa. A missão, entretanto, não parece ser das mais fáceis. Isso porque o time paranaense terá outros dois adversários além do time chileno: o clima do deserto de Atacama e a altitude do lugar (mais de 2.000 metros). O ar rarefeito e as conseqüências de atuar na região, aliás, preocupa o preparador físico do clube, Fernando Moreno.
– Não é algo tão significativo, mas há efeitos. Por isso, vamos conversar muito com os atletas, para que tenham todo o cuidado no hotel onde ficaremos concentrados – explicou.
– Passaremos algumas normas para que eles consigam minimizar os efeitos da altitude, fazendo com que o time possa realizar um bom jogo, até lá, muito melhor condicionado – completou.
Alheio a isso, o treinador Zetti tenta jogar o favoritismo do encontro de ida para o Cobreloa, já que a volta acontece no dia 7, na Vila Capanema.
– A responsabilidade de sair para a partida é do Cobreloa, que vai jogar em casa. Nós podemos decidir em Curitiba e vamos atuar com o regulamento debaixo do braço – analisou o treinador.
Se o Paraná Clube encara sua primeira partida na Copa Libertadores sem desfalques, o Cobreloa tem um problema para o encontro. O atacante Esteban Paredes sofreu uma contratura no músculo adutor da coxa direita e é dúvida para a partida. O treinador Gustavo Huerta, entretanto, já tem a solução: a entrada de Charles Aránguiz, mudança que favoreceria o deslocamento de Rodrigo Mannara para o ataque.
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