| 13/02/2007 07h10min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar nos próximos dias o deputado José Múcio (PTB-PE) como o novo líder do governo na Câmara. Múcio irá substituir o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), eleito presidente da Câmara. Lula já informou aliados no Congresso de sua decisão. Com a indicação de Múcio, o presidente pretende fortalecer a ala governista do PTB contra a influência do deputado cassado Roberto Jefferson (RJ), presidente da legenda.
O deputado pernambucano ficou fortalecido para o cargo depois do apoio recebido de Chinaglia. O único problema contra a indicação de Múcio era em relação à proximidade dele com Jefferson, desafeto do Planalto. Mas nas últimas semanas Múcio passou a se queixar da insistência do ex-deputado de afastar a bancada do PTB do governo e deixou a liderança do partido. Ontem, o parlamentar disse que não foi comunicado pelo Planalto de nenhuma decisão sobre o assunto.
– Já está certo: José Múcio será o novo líder
governo. Ele tem o apoio de todos os
partidos da base aliada na Câmara e tem a simpatia do presidente Lula – confirmou o novo líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO).
Quando Chinaglia foi eleito, vários nomes apareceram na disputa pela vaga de líder do governo na Câmara. Além do PTB, o posto era reivindicado para os deputados Eunício Oliveira (PMDB-CE), Luciano Castro (PR-RR), Beto Albuquerque (PSB) e Henrique Fontana (PT). Todos os partidos já foram avisados de que o Planalto deve formalizar nos próximos dias o nome do petebista para o cargo.
A indicação de Múcio serve também como compensação para o PTB na reforma ministerial. Isso porque o único ministro do partido, Walfrido Mares Guia (Turismo), ameaça deixar a legenda, por causa de suas divergências com Jefferson. E, com o PTB sob controle de Jefferson, Lula não pretende brindá-lo com novo ministério.
Walfrido já foi convidado para se filiar ao PSB e deve tomar uma decisão até o final do mês. O PTB estava pleiteando o Ministério
da Agricultura. O deputado Nelson
Marquezelli (PTB-SP), chegou a fazer um abaixo-assinado para encaminhar o pleito oficialmente ao Palácio do Planalto. Mas Lula praticamente descartou a indicação de Marquezelli.
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