O Senado aprovou nesta terça-feira o projeto que autoriza o Ministério da Defesa a contratar temporariamente até 60 controladores de vôo por um período de dois anos, prorrogável por outros dois. A MP foi baixada para conter a crise no tráfego aéreo aberta com o choque entre um Boeing da Gol e um jato Legacy de uma empresa norte-americana, em 29 de setembro do ano passado, que matou 154 pessoas.

O projeto, aprovado sem emendas, e com parecer favorável do senador Edison Lobão (PFL-MA), determina que a contratação se dará por processo seletivo simplificado. Caso isso não seja possível, será admitida a simples análise de currículo e a constatação de notória capacidade técnica profissional.

A matéria só foi discutida pela oposição, que recomendou a aprovação, apesar de fazer críticas à política do governo para o setor aéreo e à própria edição da MP. De acordo com o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), o governo é o culpado pelo chamado "apagão aéreo", caracterizado pelo atraso nos vôos em função da falta de pessoal e de operações-padrão por parte dos controladores. Pronunciaram-se também os senadores José Agripino (PFL-RN), Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Heráclito Fortes (PFL-PI).