| 15/03/2007 15h27min
Não é incomum jogadores argentinos não se adaptarem ao futebol brasileiro e vice-versa. A língua, a cultura, o clima – tudo é um obstáculo a mais a ser superado. Mas parece que esse não é o caso do goleiro Sebastian Saja. Em entrevista publicada nesta quinta no jornal argentino Olé, o arqueiro foi só elogios ao Grêmio.
– O Grêmio é um clube muito grande, sério e organizado tanto em nível institucional como estrutural. O atendimento é de primeira e estou em uma das cidades mais lindas do país. Os costumes também são similares, tomam mate e fazem um assado parecido com o nosso – disse o jogador ao diário esportivo.
Dois fatores são fundamentais para que Saja se sinta em casa no Estádio Olímpico. Um é o compatriota Schiavi, companheiro de quarto nos dias de concentração e de quem se tornou amigo. O outro é própria torcida gremista, principalmente a Geral do Grêmio, que para o goleiro lembra as torcidas argentinas. Isso contribui para a eterna rivalidade entre brasileiros e argentinos passar despercebida.
– As pessoas nos tratam muito bem. Existe a rivalidade, mas não se nota. No Sul, copiam muito as torcidas do futebol argentino, o canto a forma como organizam as bandeiras. Quanto o time entra em campo, gritam o nome dos 11 jogadores. O grosso da torcida se chama alma castelhana, pois são identificados com a garra argentina. Além disso, tem o Schiavi no plantel. Concentramos juntos e vivemos próximos – contou.
A defesa do pênalti na partida contra Cerro Porteño, pela Copa Libertadores, repercutiu na Argentina. Assim como os cinco jogos e 22 minutos que Saja ficou sem ser vazado. O bom momento no Grêmio faz o ex-goleiro do San Lorenzo sonhar com uma convocação para a seleção argentina. Ele sabe que é difícil, mas pelo menos existe um precedente – Tevez e Mascherano foram convocados quando jogavam pelo Corinthians.
– O futebol brasileiro é tão competitivo quanto o argentino e do mesmo nível das melhores ligas da Europa. Hoje existem muitos bons goleiros que jogam no futebol local (argentino), mas se as coisas funcionam... Não é que estou louco para ser convocado. Se acontecer, aconteceu. Antes, aí, eu ficava louco, mas hoje estou mais tranqüilo. Existem os antecedentes de Tevez e Mascherano, convocados quando jogavam no Brasil. E a Copa Libertadores é uma oportunidade de aparecer. Aqui se joga a cada quatro dias em ritmo forte. Em forma, eu estou – concluiu.
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