| 17/03/2007 13h52min
Iatistas que vão disputar os Jogos Pan-Americanos Rio 2007 promoveram, neste sábado, um grande mutirão de limpeza na Baía de Guanabara. Uma rede de 10 metros de comprimento, atada a dois catamarãs, arrastou centenas de quilos de lixo flutuante das águas da baía. Ao lado dos catamarãs, um saveiro acompanhava o percurso com cerca de 50 crianças do Projeto Grael, iatistas, e integrantes de organizações não-governamentais.
O iatista Maurício Santa Cruz, medalhista de prata no último Pan, disse que o objetivo foi alertar as autoridades de que, além da questão ambiental, o lixo pode prejudicar os jogos.
– No Pré-pan, em fevereiro, a água da baía estava muito suja e muitos barcos quebraram. A performance do iatista fica reduzida ao velejarmos nestas condições – reclamou.
O biólogo Gustavo Borges, do Projeto Grael, acompanhou o mutirão expondo às crianças os problemas relacionados à preservação da baía.
– O lixo flutuante não é o único problema da Guanabara. Tem questões desde o desmatamento, ocupação irregular de encostas e de beira de rio, esgoto e poluição química – afirmou.
Com relação ao lixo, Borges afirma que o problema é alarmante:
– Cerca de duas mil toneladas de lixo domiciliar por dia não são coletadas na bacia hidrográfica da baía, que é composta de 16 municípios. Então deve ser desenvolvido no local um trabalho que envolve o cidadão e a coletividade em todas as formas de organização – acrescentou.
Durante o Pan, a Baía de Guanabara abrigará as provas de vela, tendo como ponto de saída e chegada dos barcos a Marina da Glória, que dispõe de dois cais, em uma área de 150 mil metros quadrados.
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