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Os acordos de integração regional estão condenados a fracassar se os países participantes não harmonizarem suas políticas cambiais. O diagnóstico foi feito pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
– Essa coordenação é fundamental para que os processos avancem – declarou o presidente da instituição, Enrique Iglesias, sobre a avaliação do BID. – Não é fácil, mas é muito importante coordenar desde o começo.
Segundo Iglesias, se o Mercado Comum do Sul (Mercosul) tivesse seguido esse procedimento desde a fundação, em 1991, teriam sido evitadas as turbulências cambiais dos últimos anos no bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. O informe do BID divulgado no fim de semana ressalta que o problema não é exclusivo do Mercosul.
Essa é a primeira vez que o BID chega ao ponto de quase questionar a viabilidade de acordos de integração regional – alguns dos quais vigentes desde os anos 60. Conforme o BID, também têm havido problemas nessa área entre Colômbia e Venezuela. O mesmo chegou a ocorrer na União Européia depois da crise dos mecanismos de câmbio de 1992.Iglesias disse ainda que a dolarização da economia adotada por alguns países “não é neste momento uma alternativa para a América Latina”.
O relatório identifica quatro problemas resultantes dos desacordos macroeconômicos: maior protecionismo e enfraquecimento ou eliminação dos acordos comerciais, redução dos fluxos de comércio exterior, mudança de destino dos investimento e crises cambiais. O BID estudou a integração em 37 países-membros de seis grupos regionais: Mercosul, Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), Mercado Comum Centro Americano, a Comunidade Andina (CAN) e a União Européia.
Robert Devlin, diretor do departamento de integração e programas regionais do BID, disse que os tratados regionais estão condenados a ser por muito tempo “meio acordos”. Mas apontou que isso não significa que se deveria interromper os projetos de integração já em marcha.
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