| 26/03/2007 20h29min
O Corpo de Bombeiros e inspetores do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-SC) realizaram na tarde desta segunda uma vistoria no Estádio Augusto Bauer, em Brusque. A questão mais discutida era se o incidente ocorrido no domingo foi ato de vandalismo ou falta de segurança.
No jogo entre Brusque e Avaí, o parapeito da arquibancada metálica, montada atrás de um dos gols, cedeu. Mais de 50 pessoas caíram e oito ficaram feridas. O estudante Luiz Fernando Melo teve fratura exposta no antebraço e passou por uma cirurgia na manhã desta segunda.
Para o capitão José Gamba, do Corpo de Bombeiros de Brusque, a estrutura estava irregular. Antes do Estadual, um laudo técnico foi encaminhado à Federação Catarinense de Futebol (FCF) atestando que o estádio tinha condições para as partidas. No entanto, essa avaliação não recebeu atualização e a nova armação foi erguida para os jogos do Brusque no returno.
– Na vistoria realizada hoje (segunda), pudemos detectar que a arquibancada não oferece os critérios mínimos de segurança adotados pelos bombeiros. Dois exemplos: existe um estrangulamento na rota de fuga e a altura do guarda-corpo não está dentro do padrão - afirmou o capitão, que salientou ainda a falta de proteção nos degraus.
De acordo com os bombeiros, a responsabilidade sobre a resistência do material utilizado na arquibancada é do Crea-SC. O inspetor do Conselho Maurício Ludin disse que o laudo técnico permitia o uso da estrutura para 1.800 pessoas sentadas. No entanto, Ludin afirma que havia "700 pessoas correndo" sobre a arquibancada.
O Corpo de Bombeiros enviou um documento ao Ministério Público pedindo garantia de segurança aos torcedores que assistem aos jogos no Estádio Augusto Bauer.
Os dirigentes do Brusque dizem que o clube é vítima do ocorrido. O vandalismo dos torcedores avaianos, na hora do gol, teriam causado o acidente.
– O vilão não somos nós. Mesmo com uma permissão dos bombeiros isso teria acontecido. Quando marginais querem tumultuar, eles conseguem - definiu o presidente do conselho, Célio Francisco de Amargo.
Com base na súmula, ou mesmo nas imagens da TV, a procuradoria da Justiça Desportiva pode oferecer denúncia. Então, será julgada a perda do mando de jogo por parte do Brusque. Os laudos de vistorias dos bombeiros e Crea-SC, realizados nesta segunda, serão encaminhados à FCF, que repassa ao Ministério Público. A partir daí, o órgão tomará as providências que entender necessárias.
O presidente do Brusque, Inácio Schwartz, disse que o clube vai acatar as determinações provenientes dos laudos técnicos do CREA-SC e do Corpo de Bombeiros.
COM INFORMAÇÕES DO DIÁRIO CATARINENSE E DA RBS TVGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.