| 10/10/2002 16h50min
Mais um recorde foi assinalado pelo dólar nesta quinta, 10 de outubro. Depois de avançar à casa do R$ 4 e de levar pânico às mesas de operação, a moeda norte-americana encerrou o pregão em alta de 2,84% ante o fechamento de quarta-feira, trocada por não menos do que R$ 3,975 na compra e por R$ 3,98 na venda.
Os rumores que circulam pelos corredores do mercado financeiro apotam para a inexistência de vendedores e para a urgência com a qual empresas trabalham para pagar dívidas no exterior. A escassez da moeda e a desesperada procura acarretam a venda da divisa dos Estados Unidos por valores muito elevados. Numa ação movida mais pelo desespero do que pela eficácia, o Banco Central (BC) ofertou pequenos lotes de dólares.
A quinta-feira retratou a decepção com que os investidores assimilaram a entrevista coletiva oferecida pelo presidente do BC, Armínio Fraga, nessa quarta. A expectativa sobre o anúncio de alguma nova medida se viu dilacerada com o encerramento do pronunciamento de Fraga. O presidente do banco não ofereceu, sequer, edital de leilão para a rolagem da dívida da próxima semana, cuja soma alcança os US$ 3,6 bilhões. Nessa quarta, parte do montante, 16,4%, havia sido rolado.
Na semana que tem início no próximo dia 20, outra dívida, de US$ 1,1 bilhão, será vencida. Os investidores tendem a voltar a pressionar o mercado com o objetivo de maximizar os ganhos.
Depois de vencer a barreira dos R$ 4, o dólar impõe ao real desvalorização de 41,80% em 2002. Em outubro, esse índice avança aos 5,65%. A moeda norte-americana se vale de uma valorização no ano de 71,84% e no mês de 5,99%.
Com informações da Globo News e da agência Reuters.
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