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 | 05/04/2007 13h27min

Controladores de vôo pedem perdão por greve que parou aeroportos

Categoria garante que não vai parar na Semana Santa

A Associação Brasileira de Controladores de Tráfego Aéreo (ABCTA) divulgou uma nota oficial hoje pedindo perdão pela paralisação da semana passada, que gerou atrasos e cancelamento de vôos além do fechamento de todos os aeroportos do Brasil. A categoria nega que os controladores tenham a intenção de paralisar as atividades neste feriadão de Páscoa.

A categoria diz no comunicado, assinado pelo presidente da entidade, Wellington Rodrigues, que “espera recuperar, junto à sociedade brasileira, sua confiança e prestígio". Os controladores reafirmam também sua “confiança e respeito ao governo federal, ao Comando da Aeronáutica e, principalmente às bases do militarismo: hierarquia e disciplina".

Na nota divulgada, os controladores afirmam esperar que o dia 30 de março "seja lembrado como um grito de socorro dos controladores de tráfego aéreo e não uma simples rebelião”.

Os controladores pediram "perdão à sociedade e paz para executar com maestria” o trabalho a eles delegado, garantindo que a ABCTA "não medirá esforços para reconstruir a imagem de seus representados assim como lutar pela dignidade”. A entidade encerra a nota desejando paz nos céus e feliz Páscoa a todos.

Na última sexta-feira, dia 30 de março, os controladores de vôo rebelaram-se no Cindacta-1, em Brasília, e deram início a uma greve que cancelou vôos em todos os aeroportos brasileiros. A paralisação só teve fim no início da madrugada, após um acordo fechado entre a categoria, os militares e o ministro do Planejamento, Roberto Bernardo. O acordo, criticado pelo Comando da Aeronáutica, estabeleceu aumento salarial, novos equipamentos e a desmilitarização da categoria.

Planos de emergência

A Aeronáutica montou um plano de emergência para evitar atrasos, cancelamentos e tumulto nos aeroportos durante o feriado de Páscoa. Cerca de 120 controladores da Defesa Aérea ficarão de prontidão e podem ser acionados a qualquer momento se houver problemas como novos protestos de controladores.

As companhias aéreas também fizeram planos, colocando aviões extras e reforçando equipes de atendimento nos aeroportos. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) prometeu intensificar a fiscalização nos principais aeroportos do país.

Em caso de nova paralisação, poderá ser pedida a prisão preventiva dos responsáveis. O governo federal só deverá retomar as negociações com os controladores de vôo depois da Semana Santa.

Três inquéritos policiais militares foram instaurados pela Aeronáutica para investigar o motim dos controladores de Brasília, Curitiba e Manaus. A investigação pode durar até 40 dias.

 
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