O primeiro debate entre os dois candidatos ao Palácio Santa Catarina no segundo turno, realizado na tevê Barriga Verde na noite desta segunda-feira, dia 14, revelou o que espera o eleitor nesses próximos doze dias de campanha: acusações pessoais se sobrepondo ao debate efetivo de propostas para o Estado.

Menos de 20 minutos depois de iniciado o programa, os dois candidatos elevaram o debate aos gritos, um bate-boca com acusações mútuas sobre quem realmente havia quebrado o Banco do Estado de Santa Catarina (Besc).

– O senhor é muito nervoso, espere a sua vez – disse Amin.

– Você me respeite, quero dizer quem faltou com a verdade – rebateu Luiz Henrique.

Em várias oportunidades durante o encontro os dois voltaram a alterar a voz e a alfinetarem-se mutuamente. Na prática, os dois candidatos não mudaram suas estratégias do primeiro turno: o governador e candidato à reeleição, Esperidião Amin (PPB), continuou centrando todas as suas ações contra o ex-governador peemedebista, Paulo Afonso Vieira (PMDB). O candidato do PMDB, Luiz Henrique da Silveira, retrucava que Amin quer se fixar no passado.

– Ele deveria aceitar o debate que o Paulo Afonso lhe pede, aí poderiam falar sobre o passado – disse.

Em várias oportunidades os dois candidatos se entitularam os "homens da mudança", confundindo o eleitor. Luiz Henrique considerou o debate elucidativo. Amin avaliou que foi uma grande contribuição para a democracia e para que o eleitor escolha bem.

Entre os temas mais apimentados, o salário do funcionalismo público, os rumos do Besc e da Casan, cobrança de pedágio e a BR-101. O apoio dos dois candidatos catarinenses aos presidenciáveis, questionado por jornalistas, também rendeu explicações demoradas e constrangedoras. Amin se diz apoiador de Serra. Luiz Henrique fechou acordo com o PT para apoiar Lula. Ambos ainda vão participar de dois debates na televisão até o dia da eleição.

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