O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional segue na luta para impedir as obras na Marina da Glória. Após uma denúncia de que o embargo do Iphan no local estava sendo desautorizado com construções clandestinas, o superintendente regional da instituição, Carlos Fernando de Andrade, recorreu ao auxílio da Polícia Federal para interditar a construção da garagem de barcos. As informações são do site GloboEsporte.com

– Tivemos uma denúncia de que as obras não tinham parado e fomos obrigados a acionar a Polícia Federal. Já que não fomos respeitados, vamos pedir às autoridades que lacrem a instalação – afirmou Carlos Fernando de Andrade, contando que espera ter uma resposta oficial da PF nesta terça-feira.

O superintendente regional da instituição aproveitou para dizer que o Iphan nunca recebeu um projeto do CO-Rio referente às instalações do Pan do Rio. Segundo Carlos Fernando de Andrade, para mexer nos locais tombados pela União, como a Lagoa Rodrigo de Freitas e a própria Marina da Glória, é preciso o aval do Iphan.

– Não recebemos nada do CO-Rio. Eles enviaram os projetos para o Ministério Público, mas nada chegou até nós. Até agora aguardamos um contato – contou ele, acrescentando que a Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop) apresentará o projeto final do Estádio de Remo nesta terça-feira, já que nesta segunda o órgão verificou um erro no projeto que seria entregue.

Procurada pela reportagem do GloboEsporte.com, o CO-Rio, por meio de sua assessoria de imprensa, garantiu que recebeu do Ministério Público uma solicitação de entrega dos projetos ao mesmo e que assim o fez.

O Iphan entrou na justiça com uma liminar impedindo que qualquer construção fosse feita na Marina da Glória enquanto não tivesse uma resposta definitiva sobre os impactos ambientais que o local sofreria. A grande polêmica gira em torno do projeto da garagem de barcos flutuante do Pan do Rio. A princípio, a altura da construção seria de 17m. Porém, após algumas reclamações, a medida foi alterada para 3m. Mesmo assim, o medo de que a instalação possa prejudicar a paisagem natural do Aterro do Flamengo persiste.