Para os supersticiosos, a vitória sobre o Gama, na última quarta, pode estar acompanhada de simbologia. Os 4 a 2 aplicados em Brasília foram o 13º triunfo do Figueirense na Copa do Brasil.

Crendices à parte, o técnico Mário Sérgio e seus comandados têm agora uma semana para descansar os músculos, pensar em novas estratégias e provar, na próxima quarta, que a classificação para a próxima fase não passa nem por sorte e nem por azar; é pura questão de competência.

O Figueirense fez uma grande partida em Brasília. Desde a armação da equipe, com a ousadia de dois laterais-direitos e um único atacante - que mesmo assim não ficou centralizado no meio dos zagueiros; Ramon abriu pelos flancos, entrou em diagonal, enfim, teve intensa movimentação, e esse é um dos segredos para jogar no 3-6-1 sem matar o ataque -, até a eficiência em aproveitar as chances criadas.

Assim foi construída a vitória de número 13, em 36 jogos pela Copa do Brasil. E para ajudar a melhorar ainda mais as estatísticas (foram 18 derrotas e cinco empates, com 52 gols marcados e 61 sofridos, desde a primeira participação na competição, em 1995) Mário Sérgio terá uma semana para reorganizar o time.

O treinador contará com a volta de Chicão (estava suspenso pela expulsão diante do Noroeste) e possivelmente Cleiton Xavier, que se recupera de uma lesão na coxa esquerda.

E os reforços serão importantes, afinal, apesar da vantagem, reza a cultura boleira que "nada está ganho" antes dos 90 minutos.

– Foi muito bom o resultado, mais até do que a gente esperava. Vencer por dois gols de diferença e fazer quatro gols na casa do adversário na Copa do Brasil conta muito. Só que não tem nada ganho, tem o jogo de volta e tudo pode acontecer. Não podemos relaxar – argumentou o meia Fernandes.

Mesmo com o excelente resultado, que dá ao Figueirense a possibilidade de perder o próximo jogo por até 2 a 0 ou 3 a 1, o técnico Mário Sérgio não ficou inteiramente satisfeito. Os erros de passe ainda preocupam. Uma demonstração de perfeccionismo de quem está há 11 jogos invicto no comando da equipe.

– Fico feliz com isso, mas gostaria de ter tido outro rendimento no Campeonato Estadual. Infelizmente isto não foi possível – lamentou o treinador, que vai dar um descanso aos titulares no jogo contra o Juventus, no domingo, no encerramento do returno do Catarinense.

Até o próprio treinador será poupado. Rogério Micalle vai comandar a equipe em Jaraguá do Sul, com plenos poderes para montar o time à sua maneira.

COM INFORMAÇÕES DO DIÁRIO CATARINENSE