| 18/10/2002 08h18min
As iniciativas do governo do Estado, o mais importante dos três conquistados pelo PT em 1998 – os demais foram os do Acre e de Mato Grosso do Sul –, transformaram-se nos últimos dias em alvo de denúncias do candidato presidencial do PSDB, José Serra. O tucano já levou ao horário eleitoral gratuito o polêmico episódio da saída da Ford no Estado e a crise na segurança pública gaúcha. Foram apresentados depoimentos de gaúchos sobre esses temas.
Nessa quinta, dia 17, inserções de Serra em rádio e TV ligaram o governo Olívio Dutra às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), grupo guerrilheiro que controla parte do território da Colômbia e mantém ligações com narcotraficantes. Na inserção, Serra não apareceu. Apenas foi apresentado o logotipo do Jornal do Brasil e a data, 3 de setembro de 1999, com a informação de que os dados teriam sido publicados pelo jornal. A reportagem não foi mostrada.
O locutor destacou que “textos da Secretaria de Educação do PT gaúcho exaltavam a luta das Farc, que treinaram Fernandinho Beira Mar”, referindo-se ao traficante carioca, que está preso. A publicidade eleitoral termina informando que “é para esclarecer questões como essa que Lula (Luiz Inácio Lula da Silva, candidato da Coligação Lula Presidente) deveria comparecer aos debates”. De acordo com a publicidade eleitoral, o candidato da Grande Aliança a presidente “irá a todos os debates”. Foi o único momento da inserção em que se fez referência a Serra.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferiu ontem pedido de direito de resposta com liminar impetrado pela Procuradoria-Geral do Estado contra Serra. Segundo a Procuradoria, as afirmações de Serra sobre a saída da Ford “ultrapassaram os limites da crítica política”. O candidato havia acusado o governo petista, sob a administração de Olívio Dutra, de ter mandado embora do Estado a montadora, acrescentando que, por isso, “perderam os gaúchos, ganharam os baianos”.
O governador Olivio Dutra disse que o candidato José Serra está desinformado sobre o Estado ou caiu no desespero e perdeu a compostura. Para Olívio, as informações que Serra tem sobre o RS são passadas por representantes dos “setores mais refratários a uma política que incentiva o protagonismo do povo”.
– O candidato do oficialismo federal está bebendo água na fonte do atraso no Rio Grande do Sul, para ter essa avaliação do governo – comentou o governador.
Ele lembrou que o atual governo tirou o Estado da estagnação econômica:
– No governo dos partidos que apóiam Serra, o PIB do Estado só cresceu 0,8%. No nosso período, saltou para 11%.
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