Juventude e Veranópolis entram em campo neste domingo para decidir quem enfretará o Grêmio na final do Gauchão 2007. O jogo começa às 16h, no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul. É lá que o Juventude pode cessar com uma espera de seis anos de sua torcida para ver o clube em uma decisão. A vantagem de 2 a 0 da primeira partida, disputada no Estádio Antônio David Farina, é o trunfo alviverde

A ânsia por uma decisão entre a torcida juventudista é grande. Além de 2001, quando o Juventude foi abatido pelo Grêmio nas finais do Estadual e ficou com o vice-campeonato, o alviverde foi finalista em outras duas oportunidades: em 1996, perdendo também para o Grêmio, e em 1998, vencendo o Inter e sagrando-se campeão Gaúcho.

O Ju foi vice em 1994 (do Inter) e 1965 (do Grêmio), mas essas duas competições eram em pontos corridos e não houve final
Se depender daquilo que foi traçado como objetivo principal ao Juventude, no início do ano, quando o técnico Ivo Wortmann montava sua equipe, a papada vai para final.

– Nosso trabalho foi todo embasado neste sentido. Para chegar ao nosso objetivo final, que é o título, precisamos chegar às finais do Gauchão – lembrou o técnico Ivo Wortmann.

O placar também é favorável ao Ju. A vitória por 2 a 0 na primeira partida assegura à equipe a derrota por 1 a 0. Caso sofra uma derrota pelo mesmo placar, a vaga à final será decidida nos pênaltis. Se o VEC conseguir marcar três gols, a situação se complica. O Juventude terá que marcar dois gols para sair de campo com a vaga.

– Temos uma vantagem, mas não podemos nos acomodar por causa dela. Temos que manter o equilíbrio entre marcar e atacar – vislumbrou Ivo.

Veranópolis ainda acredita na classificação

"Está nas nossas mãos" foi uma das frases mais pronunciadas pelo técnico Paulo Porto aos jogadores do Veranópolis Esporte Clube ao longo da semana. Na sexta, Paulo Porto comandou o último coletivo. A única mudança em relação ao primeiro jogo é a saída de Coracini em razão da volta do volante Marcos Alexandre, que cumpriu suspensão e uma partida por ter sido expulso no jogo contra o Esportivo.

– Se eles conseguiram nos vencer em casa, também podemos. A semana foi bastante proveitosa, trabalhamos em cima dos nossos erros. Se vencermos, vai ser algo que marca a carreira de qualquer jogador – revelou o volante de 26 anos, autor do gol que eliminou o Inter da competição.

E o sentimento não é mesmo de derrota antecipada. Pelas ruas, muitas bandeiras do VEC ainda decoram casas, prédios, sacadas e estabelecimentos comerciais. Dentro de campo, antes dos treinos, Paulo Porto parava para conversar com os jogadores por cerca de 20 minutos para enfatizar o poder de superação de um time que já conseguiu vitórias quando muitos não acreditavam. Quanto ao esquema tático, Porto revelou que o time cometeu muitos erros na hora de atacar, facilitando o contra-ataque juventudista.

– O resultado anterior repercutiu bem. Deixou todos com vontade de trabalhar. É muita coisa para passar para o atleta. O psicológico é trabalhado a cada oportunidade. Por tudo o que aconteceu naquela partida, sabemos que podemos reverter. Algo que, se conseguirmos, será um feito inédito – projetou Porto, que está no seu sexto Gauchão.

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