Joinville foi palco neste domingo, dia 20, de mais um debate radiofônico entre os candidatos ao governo de Santa Catarina, Esperidião Amin (PPB) e Luiz Henrique da Silveira (PMDB). O programa foi realizado pela rádio Difusora.

Sentados à mesma mesa, Amin e Luiz Henrique não trocaram muitos olhares, com exceção do momento em que se cumprimentaram, logo no início do programa. Mas não faltaram farpas e acusações, durante os quatro blocos em que foi dividido o debate.

Tanto Amin quanto Luiz Henrique, dedicaram boa parte de seu tempo às avaliações e críticas acerca da atuação dos adversários. Amin afirmou, antes do início do programa, que confia na comparação de propostas proporcionada por esse tipo de confronto de idéias. Luiz Henrique disse apenas que estava preparado e agradeceu o apoio dos eleitores no primeiro turno.

As principais questões feitas pelo moderador e por jornalistas convidados foram sobre desigualdade social, empreendedorismo, Besc, segurança pública e comércio exterior.

O clima começou a esquentar quando os candidatos foram questionados sobre se devolveriam ou não o Besc ao Estado num futuro governo. Luiz Henrique afirmou categoricamente que está nos planos de governo dele, no dia 28 de outubro fazer contato com "o presidente Lula", para reverter essa os trabalhos preparatórios para a privatização. Amin, que destacou que defendeu e defende que o banco seja público, com gestão tripartite, disse que recebeu o Besc quebrado da administração anterior, do governador Paulo Afonso (PMDB).

Esse fato gerou o primeiro direito de resposta do programa. A partir daí, a mediadora teve dificuldades em manter as quase 300 pessoas que assistiam ao confronto no auditório do Colégio José Elias Moreira em silêncio.

No terceiro bloco, quando candidato perguntou para candidato, o clima ficou ainda mais tenso. Luiz Henrique criticou o salário dos professores estaduais e comparou aos ganhos do mesmo profissional em Joinville. Amin, por sua vez, desqualificou a administração do concorrente e afirmou que a Antártica e diversas montadoras de veículos não se instalaram no município, por incompetência do PMDB, o que, segundo ele, prejudicou a geração de novos empregos.

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