| 30/04/2007 10h50min
Um jogador que passou o campeonato sem ter muito destaque apareceu na primeira partida da final para fazer o gol da vitória. Rony colocou a Chapecoense em vantagem na busca pelo título do Campeonato Catarinense.
O lateral não era uma das apostas da torcida e nem teve seu nome gritado nas arquibancadas. Mas estava no lugar certo, na hora certa. Aos 10 minutos do segundo tempo, ele aproveitou uma indecisão entre o goleiro Zé Carlos e o zagueiro Rodrigo, pegou a bola e mandou para o gol.
– Foi o gol mais importante da minha carreira - disse o jogador, que veio do Duque de Caxias-RJ.
Também foi o primeiro dele com a camiseta da Chapecoense. O lateral teve a chance de se consagrar já no primeiro tempo. Aos 42 minutos, Jean Carlos deixou Rony livre, dentro da pequena área. Rony bateu forte, mas a bola foi por cima.
– Eu tinha certeza que iria fazer o gol.
O jogador não desanimou e lembrou dos companheiros que
sempre lhe incentivavam.
– Deus estava guardando algo
melhor para mim.
Um dos destaques do time adversário era o ala Fernandinho. Por isso, Rony foi designado pelo técnico Agenor Piccinin para jogar nas costas do adversário com o objetivo de anulá-lo.
– Eu podia não aparecer, mas ele não iria jogar.
Durante o jogo, quem apareceu foi Rony. A história foi semelhante à da final do Mundial Interclubes do ano passado. Quando todos os flashes estavam focados em Ronaldinho Gaúcho, do Barcelona, mas quem apareceu foi o lateral Ceará, do Inter.
Rony marcou, apoiou, concluiu e fez gol. Ao final da partida, pela primeira vez, foi o mais assediado pela imprensa. Ele recebeu troféu de melhor jogador de uma emissora de televisão e até um arco e uma flecha do Kaingang Celso Macena, de 42 anos.
– Ele mereceu. Macena disse que os indígenas têm orgulho de serem símbolo do time da Chapecoense, pois os jogadores também foram guerreiros em campo.
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