| 30/04/2007 20h07min
A vitória da Chapecoense começou na sexta-feira à noite, com uma palestra do empresário Sérgio Migliorini, que comparou o esporte a uma guerra. Na final contra o Criciúma, os jogadores da Chapecoense teriam que ser guerreiros. No entanto, como na guerra, o esporte tem suas regras que devem ser respeitadas.
Além do general Agenor Piccinin, que comandou a equipe, a Chapecoense contava com uma estrategista fora de campo, e um eficiente soldado no gramado. A exemplo de Romário e Ronaldo, uma nova dupla Ro-Ro fez sucesso na final. A Consultora de Recursos Humanos Rosalba Martins mostrou como os jogadores deveriam agir para conseguir a vitória. Rony executou os ensinamentos e fez o gol da vitória.
No sábado, Rosalba conversou com Rony e percebeu que o jogador estava tranqüilo. Ela já sabia que o lateral faria uma boa partida.
– Ele disse que estava confiante e com fé.
O capixaba de 26 anos nunca havia disputado uma final. Desde que chegou na Chapecoense, no final do primeiro turno, também não havia mostrado tanta ousadia de atuar no ataque. Rony sempre apoiava, mas muitas vezes não arriscava.
Rosalba disse que trabalhou a autoconfiança do grupo, com o slogan "eu quero, eu posso, eu faço". O vestiário foi decorado com frases de incentivo. Rosalba também trouxe textos de técnicos vencedores, como Felipão e Bernardinho. Analisou com os jogadores filmes como Gladiador e A Batalha dos Aflitos, sobre a vitória do Grêmio contra o Náutico em 2005, que valeu o título da Série B.
A consultora com MBA em gestão estratégica de pessoas, não entendia de futebol. Mas entendia de trabalho comportamental. Ela montou um time com pensamento de campeão. Agora, só falta um degrau para o pódio.
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