O técnico Muricy Ramalho afirmou nesta terça-feira, véspera do embate decisivo contra o Grêmio pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores, que não espera uma recepção hostil por parte dos gremistas, apesar de sua grande identificação com o rival Inter – Muricy dirigiu o Colorado por dois anos e quatro meses, entre dezembro de 2002 e dezembro de 2003 e setembro de 2004 e dezembro de 2005.

– Morei em Porto Alegre por quase três anos e não ficava preso em casa. Sempre fui muito bem tratado pelos gremistas onde quer que eu fosse. Apenas fiz meu trabalho como profissional no Internacional e eles respeitam isso. Mas é claro que não vou ser recebido com festa e tapete vermelho – comentou.

O treinador ainda elogiou a torcida gremista, comparando-a com a dos times argentinos.

– É uma torcida que não desanima nunca, está sempre apoiando e incentivando o time. É um exemplo que eles dão para as outras torcidas e, com certeza, é um ponto favorável ao Grêmio – disse.

Sobre o time adversário, Muricy classificou como organizado e competitivo, como o São Paulo.

– Eles agrediram a gente durante todo o primeiro tempo do jogo do Morumbi e não vai ser diferente lá – projetou, ressaltando que a partida será extremamente equilibrada e não tem favorito.

Sobre o duelo tático com Mano Menezes, o comandante são-paulino destacou apenas que os treinadores se conhecem bem.

–O Mano é um amigo meu, sempre tomávamos vinho juntos em Porto Alegre e trocávamos idéia de futebol. Mas, como sempre, quem vai decidir são os jogadores, talvez em um único lance, como foi na primeira partida – falou Muricy.

GAZETA PRESS