Um duelo entre espanhóis decidirá a partir das 15h45min (de Brasília) desta quarta a Copa da Uefa. Atual campeão, o Sevilla tenta conquistar o bicampeonato contra o surpreendente Espanyol, no Estádio Hampden Park, em Glasgow, na Escócia.

Se na temporada passada a equipe levou o título com uma goleada de 4 a 0 sobre o Middlesbrough, da Inglaterra, desta vez o adversário é mais perigoso. Contrariando as expectativas, o Espanyol passou por cima de seus adversários – inclusive do Werder Bremen nas semifinais –, e tem agora a vantagem de saber como joga o rival.

– É um adversário que atravessa uma boa seqüência na Copa da Uefa. Tem jogadores de frente que estão muito bem. Acho que é o seu setor mais forte, mas terá diante de si uma equipe também difícil – comentou o lateral brasileiro Daniel Alves, do Sevilla, que também conta com Luis Fabiano, Renato e Adriano no elenco.

A equipe comandada pelo técnico Juande Ramos é apontada como favorita para o confronto. Mas o time terá de superar o cansaço, já que também segue vivo na luta pelo Espanhol – está a dois pontos dos líderes Barcelona e Real Madrid – e fará a final da Copa do Rei contra o Getafe, no próximo dia 23 de junho.

– Esta equipe prima pelo coletivo. Tomara esteja no nível que costuma estar, pois somos uma equipe forte, muito trabalhadora e concentrada nestes jogos. Tomara que isto continue assim e possamos voltar todos contentes – acrescentou Daniel Alves.

O único desfalque do Sevilla é o zagueiro francês Julien Escudé, que levou o terceiro cartão amarelo na segunda partida da semifinal contra o Osasuna. Por outro lado, voltam o zagueiro Javi Navarro, com problemas no joelho, e o malinense Frederic Kanouté, artilheiro do time e que estava com um problema no púbis. O brasileiro Adriano ficará com opção no banco.

Assim como para o rival, essa também será a segunda final da Copa da Uefa na história do Espanyol. Há 19 anos, a equipe perdeu o título para o Bayer Leverkusen, da Alemanha. A conquista do título seria uma espécie de redenção para o time de Barcelona, sempre ofuscado pelo rival de mesmo nome. Há exatamente um ano e dois dias, a equipe se salvava do rebaixamento no Campeonato Espanhol.

Por isso, o técnico Ernesto Valverde – que estava em campo na decisão de 1988 –, quer mudar a história e garantir o primeiro título da Copa da Uefa ao clube. E as credenciais são as melhores possíveis: ao longo da competição, foram 11 vitórias e apenas três empates, além de 32 gols a favor e nove contra.

A única dúvida de Valverde é no ataque. Ele não sabe se escala Tamudo e Pandiani juntos ou deixa no banco o jogador uruguaio, artilheiro da Copa da Uefa, com 11 gols, para colocar Rufete na direita. Os brasileiros Eduardo Costa e Jônatas devem começar a partida no banco de reservas.