| 17/05/2007 10h58min
O governo da China teme que grupos terroristas, com o objetivo de prejudicar a imagem do país durante a organização dos Jogos Olímpicos, cometam ataques ao longo do caminho que a tocha olímpica percorrerá, tanto no território chinês quanto em outras nações.
– Qualquer coisa pode acontecer conosco, tanto na rota doméstica quanto na estrangeira, onde poderia ocorrer algum ataque terrorista. As forças hostis existentes contra a China tentarão prejudicar a imagem internacional do país por meio dos Jogos Olímpicos – disse o chefe do departamento de segurança do Comitê Organizador de Pequim 2008, Zhang Shuyuan, à agência "Xinhua".
Zhang tem consciência de que grupos separatistas e movimentos pró-direitos humanos locais e internacionais vêem nos Jogos Olímpicos uma oportunidade para promover suas causas. A segurança é a principal prioridade da China para os Jogos. Segundo Zhang, ninguém, nem sequer as maiores autoridades, escapará do rígido controle de segurança.
– Este passo é vital para alcançar a meta de realizar Jogos seguros. Ninguém é exceção à regra, nem sequer os oficiais de alto escalão. Todo o mundo se submeterá a um controle de segurança – afirmou o organizador.
Todos os locais onde serão realizadas as provas em Pequim terão um amplo sistema de segurança antes e durante os Jogos. Os responsáveis checarão os antecedentes de todos os que tiverem acesso aos estádios, inclusive de atletas, árbitros, treinadores e oficiais. A polícia de Pequim começou um período de treinamento que durará até o final do ano, concentrado em práticas de vigilância e patrulhamento. As brigadas antiterroristas deverão criar um grupo extra para tratar de emergências e de pessoas relacionadas a possíveis atividades terroristas.
As 26 provas pré-olímpicas que serão realizadas em Pequim no segundo semestre servirão para testar até que ponto a capital chinesa está preparada para lidar com possíveis atentados ou revoltas.
No percurso, alpinistas levarão a tocha olímpica ao topo do monte Everest, na fronteira entre o Nepal e a China, na região do Tibete, que Pequim ocupou em 1959. O Escritório de Meteorologia tibetano informou hoje que quatro das seis estações meteorológicas que fornecerão informações climáticas ao grupo já foram instaladas na montanha.
"Os dados serão cruciais para saber as mudanças do clima durante um período específico de tempo, e as estações gerarão estatísticas concretas para garantir que a subida da tocha olímpica pelo Everest tenha sucesso", disse à agência "Xinhua" o meterologista Wu Shihong.
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