Os pedidos de dispensa de Kaká e Ronaldinho para a Copa América foram assunto principal da entrevista do técnico Dunga – após a convocação da Seleção para amistosos contra Inglaterra e Turquia. Os dois foram incluídos na lista das duas partidas.

O treinador deixou sempre claro que respeita a vontade e a individualidade de cada um. Mas reconheceu que o Brasil sentirá a ausência de Kaká e Ronaldinho na Copa América, que começa em 26 de junho.

– Tem que achar uma solução. Gostaria de contar com esses jogadores, mas o Brasil também já ganhou e já perdeu com eles. O Brasil já ganhou e já perdeu com Pelé e Rivelinho. Contando com eles é bem mais facil, mas não dá garantia de que iríamos ganhar – considerou o técnico.

Dunga enfatizou ainda que, sem jogadores consagrados, como Kaká, Ronaldinho, Lúcio (que passou por cirurgia recente), se abre espaço para novos talentos.

– Vai dar oportunidade. Algumas vezes se pode perder em termos técnicos, mas se ganha em termos de vontade. E essa é a chance para jogadores entrarem e não saírem mais – analisou.

O comandante da Seleção bateu muitas vezes na tecla "respeitar as individualidades", quando o assuntou foi o pedido de dispensa de Ronaldinho e Kaká. Considerou que o tempo de recuperação de cada atleta varia. Acrescentou ainda que, de maneira alguma, esses jogadores ficariam marcados negativamente em futuras convocações.

Mas, lembrando dos tempos de jogador, Dunga, contou um episódio ilustrativo sobre a sua atitude diante da Seleção: quando atuava no Japão, jogou pelo Brasil em uma quarta-feira quando, no sábado, já tinha que estar atuando pelo clube.

– A Seleção não tem nada parecido. Quando você entra em campo, vê a torcida brasileira... vê médico, dentista, pedreiro, todos pensando da mesma forma. Meu espírtio de Seleção é esse – filosofou o capitão do Tetra.