O atacante Alex Alves, do Juventude, foi suspenso por 120 dias pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da FGF. Em março, o atleta foi flagrado pelo exame antidoping na partida contra o Inter em Porto Alegre, pela primeira fase do Gauchão. Além disso, o clube caxiense terá de pagar multa de R$ 50 mil pela prescrição de medicamento contendo substância proibida. A decisão, tomada na noite desta quinta por três votos a um, surpreendeu a todos no Alfredo Jaconi.

– Nos sentimos como se estivéssemos fazendo parte de um circo. Todos os laudos científicos foram ignorados. Mesmo provando que a sibutramina não fazia parte do medicamento, fomos condenados. Foi uma tremenda palhaçada – desabafou o vice-presidente de futebol, Carlos Maitelli.

O escritório jurídico que presta serviços ao clube apresentou um laudo técnico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) provando que a sibutramina, substância considerada ilegal, estava presente de maneira indevida na composição. A própria bula do complemento alimentar CLA, prescrito pelos médicos do clube ao atacante, não mencionava a presença de sibutramina.

– Os auditores ficaram em cima da dopagem. Alegamos que foi uma ingestão involuntária, que a sibutramina estava omitida na bula do remédio. Tanto que o próprio fabricante correu para retirar o medicamento das prateleiras. Nada disso serviu. Presenciamos um circo – protestou Maitelli.

O Juventude ainda tem convicção na inocência do jogador, e, segundo o vice-presidente de futebol, irá recorrer da decisão.

– Usaremos tudo que estiver ao nosso alcance juridicamente para provar a inocência deste atleta e restabelecer a justiça. A multa de R$ 50 mil não é nada perto dessa punição e do constrangimento que ele está passando. Não tem nada que pague isso – concluiu.

PIONEIRO