As futuras eleições no Brasil terão mais seções eleitorais. Durante entrevista coletiva, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Nelson Jobim, avaliou os dois turnos do pleito. Para ele, os problemas com longas filas foram provocados pelo número de pessoas em cada local de votação e tela para senador. O modelo praticado no Paraná, com 350 eleitores por seção, deve ser utilizado em todo o país. A medida vai aumentar o número de locais para a votação.

Ao votar na dupla para o Senado, a tela era dividida e só ficava completa quando a pessoa digitava o segundo voto. Alguns eleitores demoraram na cabine porque estavam esperando que o visor voltasse para o começo. Isso deve mudar para 2010, a próxima eleição com duplo voto para senador. Para Jobim, as eleições foram "absolutamente bem sucedidas". O TSE ainda vai estudar a possibilidade de anexar outro terminal até a mesa eleitoral, permitindo que duas pessoas votem ao mesmo tempo.

A apuração deve ser totalizada por volta das 16h desta segunda, dia 28. Os dados de algumas urnas no interior de Mato Grosso, Pará e Acre ainda não foram enviados para Brasília porque os aviões que fazem o transporte das máquinas não conseguiram teto para decolar.

Sobre as críticas pessoais feitas nos últimos meses, Jobim disse que "as acusações são parte do jogo". Ele é amigo pessoal do atual presidente, Fernando Henrique Cardoso, e ainda afirmou que "havia uma visão conspiratória de que eu estaria beneficiando Serra porque seria seu amigo, mas eu nunca tomei nenhuma decisão para agradar ou desagradar o candidato do PSDB".

O gaúcho espera que a diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente ocorra até o início de dezembro. O TSE entra em recesso no dia 19 de dezembro.