Vai ser, literalmente, a dança das cadeiras. Iniciada a transição entre a equipe do governo Olívio Dutra (PT), e a de seu sucessor, Germano Rigotto (PMDB), Santa Maria entra na roda de negociações de dezenas de cargos da administração estadual. A cidade está entre os pólos regionais, que concentram entidades estratégicas na estrutura do Estado. Aqui estão pelo menos 18 órgãos responsáveis pela implantação dos programas estaduais em dezenas de municípios menores da Região Central (leia ao lado).

- Isso vai ser tratado no plano estadual, depois vai decantando para os municípios - declarou o presidente estadual do PMDB e deputado federal eleito, Cezar Schirmer.

Schirmer disse que ainda não tem conhecimento do número total de cargos a serem distribuídos em todo o Estado, ressaltando que a prioridade agora é recolher as informações sobre a atual estrutura do governo e sedimentar o projeto a ser implantado por Rigotto.

De acordo com o Sindicato dos Técnicos do Tesouro do Estado, são 3.566 cargos estaduais. Nos casos em que o titular do cargo de confiança é funcionário efetivo do quadro estadual, o servidor passa a receber um adicional por função gratificada (FG).

Segundo o presidente municipal do PMDB, Arnildo Müller, que coordenou em Santa Maria o núcleo pluripartidário de apoio ao candidato peemedebista ao Piratini, serão feitas discussões na cidade, segmentadas por área.

As pessoas com formação profissional e ligação com cada setor onde haverá cargo a ser ocupado, vão avaliar possíveis candidatos.

- Não tem ninguém indicado nem autorizado a iniciar especulações. Vamos fazer um rastreamento e levar ao governador aquilo de que Santa Maria precisa - afirmou Müller.

O presidente local do PMDB disse que nenhuma movimentação será feita sem a presença de Schirmer, mas toda a discussão vai envolver as lideranças dos partidos que se uniram à candidatura de Rigotto.