A CPI da Crise Aérea fez uma reunião reservada nesta terça-feira para avaliar o ritmo da investigação e definir os próximos depoimentos prioritários. Já existe um esboço de programação dos trabalhos até a segunda quinzena de junho. Até lá, o relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS), espera ter concluído a apuração sobre o acidente entre o boeing da Gol e o jato Legacy, que deixou 154 mortos em setembro do ano passado.

Na próxima segunda-feira serão ouvidos os quatro controladores de vôo que estiveram envolvidos diretamente com o acidente com o avião da Gol, encerrando essa fase de análise sobre o acidente. Em seguida, a comissão começará a analisar outros temas que dizem respeito ao controle do tráfego aéreo brasileiro.

Serão ouvidos os presidentes das companhias aéreas, especialistas na área de sistema de controle de vôo e entidades ligadas à área do sistema de controle do tráfego aéreo.

Na reunião, também definiu-se quais requerimentos serão votados na reunião da CPI marcada para amanhã. O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) listou as prioridades da oposição:

– Vamos insistir para que sejam solicitadas todas as auditorias sobre segurança do sistema de tráfego aéreo; que seja solicitada assessoria técnica do TCU para a comissão, indepentemente do assessoramento que o relator já dispõe; e na votação dos requerimentos de convocação do atual presidente da Infraero e dos últimos três ex-presidentes.

Fruet sugeriu que a CPI use mais seus instrumentos de investigação.

O presidente da comissão, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), e o relator Marco Maia vão amanhã às 11 horas ao Ministério da Justiça cobrar as providências para que a CPI possa ouvir os pilotos norte-americanos do Legacy, Jan Paladino e Joseph Lepore.

A reunião será com o secretário nacional de Justiça, Antônio Carlos Biscaia, indicado para intermediar o depoimento com as autoridades norte-americanas.

AGÊNCIA CÂMARA