Os governadores eleitos pelo PMDB Germano Rigotto e Luiz Henrique, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, respectivamente, encontram-se nesta sexta, dia 1º de novembro, para jantar em Florianópolis. Na pauta de assuntos, estará a posição a ser adotada pela sigla em relação ao governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A conversa é uma preliminar do encontro dos cinco governadores eleitos do partido com a cúpula nacional do PMDB, marcada para terça-feira em Brasília. Luiz Henrique vai defender o alinhamento da sigla ao governo Lula, como já vêm insinuando dirigentes como o líder no Senado, Renan Calheiros (AL). O ex-prefeito de Joinville teve apoio de Lula no segundo turno contra Esperidião Amin (PPB), candidato à reeleição. Já Rigotto elegeu-se num confronto com Tarso Genro (PT), aliado de Lula no Estado.

O senador Roberto Requião (PMDB), governador eleito do Paraná, disse que não vai participar da reunião dos governadores. Em material distribuído à imprensa, ele exigiu que o partido convoque uma convenção nacional para decidir sobre a relação com o governo Lula e pede a renúncia da cúpula, que teria causado derrotas ao PMDB ao aderir à candidatura presidencial governista.

Ressalvou a postura de independência adotada pelas direções do Paraná e de Santa Catarina ao apoiarem Lula durante a campanha eleitoral e condenou a posição "negocista" da direção ao sugerir que vai para a oposição ao mesmo tempo em que pede ministérios no novo governo. Requião, que apoiou Lula desde o primeiro turno, já se declarou um "petista de coração".

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