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O futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá trabalhar para formar parcerias com a iniciativa privada e organismos internacionais para viabilizar o programa de combate à fome. A afirmação foi feita nesta sexta, dia 1º de novembro, durante encontro de Lula com partidos aliados, pelo secretário-geral do PT e um dos articuladores políticos da transição, Luiz Dulci. Segundo ele, a melhor utilização dos recursos orçamentários junto a essas parcerias irá possibilitar a realização do programa.
Dulci evitou comentar quais as mudanças no Orçamento que estão sendo defendidas pelo PT, mas disse que os investimentos previstos no atual texto poderão ser complementados com recursos de outras fontes. O secretário-geral do PT sugere ainda outros recursos que podem ser usados "para a retomada do crescimento, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Programada para ser o marco inicial da propalada política do diálogo que o presidente eleito pretende adotar, a reunião do Conselho Político dos 13 partidos que o elegeram não foi prestigiada nem pelos presidentes de alguns desses partidos. Os presidentes do PL, Valdemar Costa Neto, do PSB, Miguel Arraes, e do PPS, Roberto Freire, eram esperados mas não compareceram. Leonel Brizola, presidente do PDT, já havia dito que não iria. No entanto, isso não está impedindo que os partidos comecem a disputar cargos. Embora as discussões a respeito de cargos devam ocorrer formalmente apenas a partir de terça, as principais legendas que apoiaram Lula já começam a demonstrar preferências e, ainda que indiretamente, a pressionar o PT.
Sem os caciques dos partidos que o apoiaram, Lula se limitou a fazer uma saudação de aproximadamente 20 minutos aos presentes e depois se retirou da reunião. Lula se refugiou em uma cidade do interior de São Paulo cujo nome é mantido em sigilo pela direção petista. Ele e sua mulher, Marisa, passarão o final de semana recolhidos, apenas com familiares. A previsão é de que Lula retorne a São Paulo na segunda para a reunião da executiva nacional do PT. A agenda de viagens será retomada na terçaquando deverá estar no Rio.
Ao final do encontro, foi divulgado que o conselho será um fórum de diálogo entre os partidos aliados, onde se discutirão estratégias políticas e administrativas. Durante a reunião, Lula ouviu de todos os 28 líderes partidários presentes que suas siglas darão apoio integral ao futuro governo.
Apesar de o próprio presidente eleito ter confirmando a participação de todos os aliados no futuro governo, o porta-voz André Singer afirmou que os nanicos que apoiaram Lula como o PGT, PSDC, PCD, PMN e PHC não estão garantidos.
Durante seu pronunciamento, Lula informou que também pretende procurar todos os demais partidos para abrir um diálogo que permita a governabilidade. Só a partir da semana que vem, Lula pretende iniciar o processo de convites para compor seu ministério. O primeiro alvo de Lula deverá ser o PMDB. Em troca do apoio do partido, o PT negocia a presidência do Senado.
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