| 14/06/2007 08h57min
Depois de algumas edições agitadas nos últimos anos, o GP do Brasil chegou a estar entre os cogitados para deixar o calendário da Fórmula-1. Em 2003, debaixo de chuva, uma série de acidentes – que quase colocou a Ferrari de Michael Schumacher contra um trator – deu a vitória à Jordan de Giancarlo Fisichella e novamente colocou em perigo a situação do único GP sediado na América do Sul.
Porém, as ameaças estão com os dias contados. Quem garante é Alan Donnelly, representante da própria FIA, presente em evento realizado nesta quarta-feira no autódromo. Donnelly se encontrou com parte dos organizadores do GP do Brasil para verificar o cronograma de obras para o traçado e, satisfeito, garantiu que a prova não corre riscos de deixar o calendário.
– Este é uma das melhores etapas do calendário, e nós queremos que ela continue a ser. Mas ela precisa se adequar aos padrões mais elevados – afirmou Donnelly, que estará reunido no próximo final de semana com o presidente da FIA, Max Mosley, durante o GP dos EUA.
O representante enviado pela entidade máxima do automobilismo ao Brasil ainda deverá receber uma ata da reunião realizada em São Paulo, que será retransmitida a Max Mosley em reunião da FIA no final deste mês em Paris. Em uma análise inicial do planejamento, Donnelly acredita que Mosley “verá muita boa vontade no projeto, o que é encorajador”.
– Acredito que, no momento, não há nenhum risco – afirmou o britânico, que, apesar disso, fez um alerta. – As pessoas não podem se acomodar: não há corrida com uma vaga garantida no calendário. Os circuitos precisam estar sempre sob vigilância para que sejam mantidos os padrões elevados – garantiu Donnelly, que faz questão de lembrar da existência de concorrentes às vagas deixadas por circuitos que não atendam os padrões.
– Nós entendemos que é muito dinheiro, que é um grande investimento. Mas, como eu já havia dito na reunião, depois dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo, o maior esporte do mundo é a Fórmula-1. Há muita competição entre os países para hospedar uma das corridas e, como vocês podem ver, está ficando mais competitivo agora – afirmou. – Não há ameaças ao GP do Brasil, mas nós precisamos estar sempre certos de que os padrões mais altos serão mantidos – finalizou.
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