| 06/11/2002 17h20min
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) decidiu manter em suspense uma eventual trégua na agenda de invasões no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A posição, que apontava inicialmente uma interrupção das atuações até abril de 2003 para que o presidente eleito apresentasse sua política agrícola, foi anunciada nesta quarta-feira, com o término de uma reunião de três dias com líderes nacionais do movimento.
– Até agora ainda não tivemos nenhum encontro oficial com Lula – disse João Paulo Rodrigues, coordenador nacional do MST em Brasília, acrescentando que haverá uma definição depois de "um contato pessoal do movimento com o novo presidente''.
A liderança do MST encerrou nesta tarde um encontro que se estendeu desde o início da semana no assentamento da Fazenda Normandia, localizado na cidade de Caruaru, no agreste pernambucano. Outro dirigente nacional do MST, Gilmar Mauro, acrescentou que "eventuais ocupações no governo Lula'' não devem ser compreendidas como combate à nova cúpula petista, mas como uma "afronta ao latifúndio''.
Jaime Amorim, líder estadual do MST, informou que a "prioridade zero'' do movimento é o assentamento imediato de 100 mil famílias acampadas em todo o Brasil. Suas estimativas apontam a existência de 4,8 milhões de sem-terra no país.
As informações são da agência Reuters.
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