| 07/11/2002 01h32min
O governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva pretende aprovar uma ampla reforma tributária para o país ainda no primeiro semestre do próximo ano. Foi com uma pitada de orgulho que o governador eleito do Rio Grande do Sul, o peemedebista Germano Rigotto, revelou esse plano da equipe de transição logo que saiu de um encontro com Lula, de mais de uma hora. A base para essa reforma é o projeto que o próprio Rigotto, então deputado federal, deixou pronto no Congresso.
- Lula colocou claramente que a reforma tributária será trabalhada para estar resolvida no primeiro semestre do próximo ano - disse Rigotto, em entrevista em uma das salas do quartel general da equipe de transição, no Centro de Treinamento do Banco do Brasil, em Brasília.
Rigotto disse que equipe
de FH barrou projeto
O governador eleito do Rio Grande do Sul se colocou à disposição de Lula para qualquer apoio - no Congresso ou junto aos Estados - para
levar adiante esse antigo projeto. Rigotto conhece
profundamente as dificuldades para a realização de uma reforma tributária no Brasil. Ontem, ele mesmo lembrou que, apesar de ter sido líder do governo Fernando Henrique na Câmara, não teve forças para levar adiante a sua proposta.
Rigotto não esconde que a própria equipe econômica de FH barrou o projeto, que já havia, inclusive, sido alinhavado com as secretarias da Fazenda dos Estados e outras setores da sociedade. Agora, é essa mesma proposta que voltará à discussão.
- Foi uma decisão equivocada deste governo - criticou.
Alinhado com o governador eleito de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB), Rigotto também acredita que somente com a aprovação das reformas tributária e fiscal é possível resolver o problema das dívidas. Ele preferiu não defender a renegociação dos débitos, apesar de estar assumindo um Estado em que, segundo ele, a dívida pode comprometer futuros investimentos.
- Herdo o Rio Grande do Sul com
uma situação complicada, com dívidas elevadas a
curto prazo. Nessa primeira arrancada será difícil investir - confessou.
Mais uma vez, Rigotto fez uma defesa ferrenha do apoio do PMDB ao governo Lula, porém, sem a ocupação de cargos.
Em um almoço, também ontem, com o governador eleito de Minhas Gerais, Aécio Neves (PSDB), recebeu do atual presidente da Câmara a promessa de que os tucanos estarão dispostos a apoiar o governo nas reformas.
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