O Peru disputará a Copa América da Venezuela confiante em sua nova geração de jogadores, que pode mudar a recente história do país na competição e recuperar o destaque internacional perdido nas últimas décadas.
 
Comandados por um setor ofensivo de altíssima categoria, no qual se destacam Claudio Pizarro (contratado pelo Chelsea) e o polivalente Jefferson Farfán (PSV Eindhoven-HOL), os peruanos não querem ser coadjuvantes na Venezuela.
 
A geração atual quer deixar para trás os fracassos das duas gerações anteriores em Copas do Mundo e torneios continentais, espelhando-se em vencedores como os famosos Teófilo Cubillas e Hugo Sotil.
 
Estes dois jogadores foram vitais na última conquista da Copa América pela seleção peruana, em 1975. Coincidentemente, a Venezuela foi palco da vitória sobre a Colômbia naquela decisão – o sistema não era similar ao de hoje, com uma sede única.
 
Além disso, o Peru será comandado por Julio César Uribe, que defendeu a seleção na Copa do Mundo de 1982, na Espanha, a última participação do país na competição.
 
A nomeação de Uribe à frente da seleção peruana enfrentou muitas críticas, pois ele passou por cima de Juan Carlos Oblitas, o favorito da torcida. Algumas pesquisas mostraram que ele tinha um índice de 80% de rejeição.
 
Apesar das acusações de arrogância, Uribe se aproximou da imprensa e pediu a união dos peruanos, com o objetivo de recuperar o prestígio do futebol do país.
 
O técnico ressaltou que o Peru não deve nada a seleções como o Uruguai, pois também tem jogadores de renome internacional e de destaque nos campeonatos mais importantes da Europa.
 
Além de Pizarro e Farfán, tricampeão holandês com o PSV, também faz parte da lista Paolo Guerrero, do Hamburgo. Uribe já disse que colocará os três juntos, com o jogador da equipe de Eindhoven mais recuado.
 
Os peruanos também contam com jogadores como o atacante Roberto Jiménez, que acabou de levar o título do Clausura argentino pelo San Lorenzo, e os zagueiros Alberto Rodríguez (Sporting Braga-POR), Juan Vargas (Catania-ITA) e Santiago Acasiete (do Almería-ESP).
 
Com estas armas, o Peru espera manter a euforia iniciada pela classificação da seleção sub-17 ao Mundial da categoria na Coréia do Sul, uma situação que, além de empolgar os torcedores, injetou ânimo nos integrantes do grupo principal.