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No mesmo estilo adotado no comando da transição, no Brasil, o presidente Fernando Henrique Cardoso cuidou de abrir portas para o seu sucessor em Portugal. Ao transmitir uma mensagem de confiança sobre o futuro do Brasil a investidores estrangeiros, garantiu ontem que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva manterá os compromissos internacionais, os contratos e o equilíbrio das contas públicas.
FH disse ainda que a responsabilidade fiscal será a %26quot;bússola%26quot; do governo Lula.
Ao garantir ao primeiro-ministro português, José Manuel Durão Barroso, que tem %26quot;plena confiança%26quot; de que o governo Lula não reduzirá a presença brasileira no plano internacional, FH insistiu que o Brasil continuará sendo um país sério e de confiança a partir do dia 1º de janeiro.
- Os que confiaram no Brasil confiaram num país que é sério, que respeita os seus contratos e que considera a inflação um flagelo. Não há possibilidade de quem quer que
seja afastar-se desses compromissos -
disse o presidente.
FH disse que o Brasil vive hoje uma outra etapa, mais avançada, de seu processo político e que a democracia não é mais uma luta no Brasil, mas uma espontaneidade:
- Vim a Portugal certo de que deixo um país tranqüilo e tudo que dissermos aqui vale para o futuro.
O primeiro-ministro manifestou também plena confiança de que o governo de Lula, com quem já conversou depois da eleição, dará atenção especial às relações entre os dois países. Ele elogiou a democracia brasileira, os %26quot;fundamentos sólidos%26quot; da economia do país e, especialmente, o processo de transição promovido por FH:
- Tudo o que fizemos no governo Fernando Henrique será possível fazer no futuro, porque a relação que existe entre nossos países é indestrutível. Vamos trabalhar com o Lula com a mesma boa vontade.
Segundo o premiê português, vários de seus colegas da Europa o têm questionado sobre o Brasil após a
eleição, e ele tem respondido:
- Digo sempre que o Brasil
tem uma economia forte, tem solidez e deu um grande exemplo de transição democrática, que é normal no Brasil mas não o é em toda América Latina.
Durão Barroso brincou ao lembrar que Lula lhe havia dito que Lisboa seria a primeira capital européia que visitaria depois da posse: %26quot;não é uma promessa de campanha eleitoral, mas vamos cobrar%26quot;.
Ao ser perguntado se falava em nome de Lula quando garantiu a continuidade dos compromissos brasileiros, o presidente fez questão de deixar claro:
- Falei por mim e pela experiência da situação do Brasil. E também pelas palavras escrita e falada do presidente eleito de que vai respeitar os contratos e respeitar a Lei Fiscal. Não tenho, portanto, motivo para duvidar do que ele disse antes e depois das eleições.
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