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O PSB declarou nesta quarta, dia 13, apoio ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas advertiu que preservará sua identidade não abrindo mão das posições que vêm sendo defendidas pelo partido, mesmo que estas sejam contrárias às do próximo governo.
Depois de reunir sua executiva nacional em Brasília para decidir que tipo de posição tomaria no futuro governo, o partido divulgou uma nota em que diz que as convergências entre o PT e o PSB "não implicam dizer que não temos divergências. Continuamos com nossas bandeiras, nem que seja necessário exibi-las a todo momento.''
Um dos pontos de discordância refere-se ao aumento do salário mínimo. O presidenciável derrotado pelo partido, Anthony Garotinho, defendeu em sua campanha um aumento dos atuais R$ 200 para R$ 280 no ano que vem. Lula tem dito que prefere esperar até maio para definir o percentual do ajuste.
Garotinho, que participou da reunião da Comissão Executiva do partido, disse que mantém a proposta.
– Continuamos defendendo o mínimo de R$ 280. A bancada (do PSB) já tomou essa decisão – afirmou o ex-governador do Rio de Janeiro.
O partido não descarta, no entanto, a hipótese de entrar em negociação para votar um outro valor para o mínimo. Perguntado se defenderia uma base mínima de acordo, Garotinho foi auxiliado por sua esposa, a governadora eleita do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, que lhe disse "não, não", e preferiu não responder à pergunta.
Nestas eleições, o PSB manteve três representantes no Senado e elevou sua bancada na Câmara de 17 para 22 deputados. Para o presidente nacional do partido, Miguel Arraes, não há contradição no tipo de apoio definido pela executiva.
– São dois partidos diferentes, o PT e o PSB. Se fosse tudo igual, fazia-se um partido só – disse o ex-governador de Pernambuco, arrancando risos dos presentes à reunião.
O PSB declarou na nota que dará apoio a Lula "sem qualquer condicionamento'', mas não descarta a hipótese de participar do futuro governo. Arraes deve encontrar-se com o presidente eleito ainda nesta semana para discutir o assunto.
– Não nos cabe dizer, nos cabe ouvir. Cabe ao presidente eleito dizer o que pode esperar do nosso apoio. Da nossa parte as decisões que nós podemos tomar já estão tomadas.
Aparentando impaciência durante a entrevista à imprensa, a governadora eleita do PSB no Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho, foi breve ao responder qual influência teria o apoio em seu governo.
– A princípio estamos oferecendo apoio ao presidente eleito. Nós não somos o PT. Nós somos o PSB – disse.
Segundo Rosinha, Lula lhe expressou a intenção de reunir os governadores eleitos e a equipe de transição. Ela não soube precisar quando seriam as reuniões.
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