O pai do militar gaúcho desaparecido nos atentados na Ilha de Bali, em 12 de outubro, partiu nesta quinta, dia 14, da Indonésia de volta ao Brasil sem descobrir pistas do filho. O sargento Marco Antônio Farias, 24 anos, do 19 Batalhão de Infantaria Motorizada (19 BIMtz), de São Leopoldo, no Vale do Sinos, sumiu quando estava em um dos pontos mais badalados do lugar, o Sari Club. A casa noturna foi alvo de uma das três explosões que provocaram a morte de pelo menos 184 pessoas naquela noite.

Em uma semana de buscas, o pai, tenente Antônio Carlos Farias, peregrinou por hospitais e pelo local da tragédia. O oficial ainda chegou a participar quarta-feira de uma cerimônia religiosa em Dili, no Timor Leste, organizada pela missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), de que seu filho estava participando desde 16 de junho. O sargento estava em uma folga prolongada em Bali, com colegas da missão, quando houve a seqüência de atentados creditados à rede terrorista Al-Qaeda, de Osama bin Laden.

Um pedido do Itamaraty, em Brasília, diminuiu ainda mais as esperanças da família. A mãe do sargento precisou coletar sangue, em Porto Alegre, para envio ao exame de DNA que é realizado para identificar os corpos das vítimas fatais em Bali.