A situação do Atlético-MG não anda nada boa. Na tarde deste sábado, no complemento da 11ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Galo voltou a perder. O algoz da vez foi o Sport, que atuando na Ilha do Retiro não teve problemas para fazer 2 a 0 e sacramentar a quinta partida seguida sem vitória dos mineiros. O Leão jamais perdeu para o time mineiro em Recife.

O Galo fez pouco para quem precisava da vitória. Apática, a equipe pouco produziu e viu os mandantes pressionarem quase que todos os 90 minutos. Quando dava, o goleiro Diego conseguia salvar o Alvinegro, mas em dois lances precisos os pernambucaram conseguiram a vitória.

Ainda aos 16 minutos do primeiro tempo, o lateral Diogo acertou um belo chute de fora da área e mandou a bola no ângulo. Na etapa final, aos quatro, Carlinhos Bala cobrou falta com maestria, sem chances para Diego defender, e definiu o placar final.

O Sport permanece invicto na Ilha do Retiro e agora a missão é melhorar o rendimento fora de Recife. Poderá provar o crescimento na quarta, quando enfrenta o Figueirense, em Florianópolis. O Rubro-negro já é o nono na classificação, com 14 pontos. Em declínio, o Galo já liga o sinal de alerta em Vespasiano: a equipe está na 14ª posição com 13 pontos, apenas dois de vantagem sobre a zona de rebaixamento. No mesmo dia, o Atlético tem uma boa chance de recuperação frente o América-RN, no Mineirão.

Foi o primeiro jogo do Leão sem o maestro Fumagalli, negociado com o futebol árabe, mas o atacante Carlinhos Bala, de volta à melhor forma, supriu bem o espaço deixado pelo antigo camisa 10. Em dia inspirado, o jogador ditava o ritmo do jogo e complicou as coisas para o Atlético desde o início.

O Galo entrou estranho em campo, privilegiando a marcação e desprezando sua melhor arma: a velocidade. Melhor para os pernambucanos, que não demoraram a criar chances. Logo aos 11 minutos, Anderson, o estreante do dia, dominou lance na meia esquerda e arriscou. Diego espalmou, mas conseguiu defender antes da chegada de Washington.

Diego era o melhor atleticano em campo, mas isso não evitou que salvasse o Galo em lance magistral dos mandantes. Aos 16, o lateral-direito Diogo avançou livre pela direita e mandou um chute forte, pelo alto, que entrou no ângulo direito do arqueiro atleticano.

O gol escancarou as falhas do Atlético, incapaz de levar perigo ao Sport. Nem mesmo os retornos de Coelho e Marcinho animaram o Galo, que seguia pressionado pelo Rubro-negro. Três minutos após o gol, Carlinhos Bala cobrou escanteio no primeiro pau, Anderson furou no cabeceio e Washington chegou batendo rente à trave esquerda de Diego.

Por pouco os visitantes não levaram o segundo aos 24, quando Washington desviou cruzamento de Bruno às redes, mas a arbitragem anulou o lance alegando impedimento. Sorte, que quase faltou no minuto seguinte, quando o perigoso Carlinhos Bala fintou Vinícius, deixou o marcador no chão e finalizou em cima de Lima. A bola por pouco não enganou Diego.

O Sport sobrava em campo e só descuidou na reta final do primeiro tempo. Após Carlinhos Bala experimentar de fora da área e ganhar o escanteio, Danilinho teve a primeira chance do Galo no jogo, isso aos 41 minutos. O meia chutou de longe, Cléber espalmou, Coelho pegou o rebote e cruzou na cabeça de Galvão, que desviou para o chão e exigiu outra boa aparição do camisa 1 rubro-negro.

Aos 45, a última chance atleticana no jogo. Marcinho recebeu passe enfiado de Thiago Feltri, invadiu a área e conseguiu driblar Cléber, mas finalizou errado e só conseguiu um escanteio para o Alvinegro. O show de horrores atleticano na etapa inicial só piorou no segundo tempo, pois em três minutos o Sport conseguiu ampliar.

Logo no primeiro lance, Bruno achou Carlinhos Bala livre na entrada da área e o atacante só teve o tempo de girar e bater. A bola saiu com perigo pela esquerda. Aos quatro, o camisa 11 não errou, cobrando falta colocada com categoria no canto direito de Diego e fazendo a festa na Ilha.

Com uma boa vantagem a seu favor e sem a perspectiva de crescimento do adversário, o Sport apenas passou a administrar o resultado. O técnico Geninho aproveitou para colocar algumas contratações em campo para pegar ritmo, caso do meia Romerito. Zetti respondeu colocando alguns de seus talismãs: os garotos Renan e Paulo Henrique, mas nem isso ajudou. Pior, o Galo não escondeu o nervosismo e teve o atacante Éder Luís expulso após aplaudir ironicamente a arbitragem.

Descontrolado, o Atlético foi ao ataque e deixou os espaços necessários para o Sport buscar o terceiro. Literalmente, as chances bateram na trave. Aos 23, Diogo cruzou da direita e Durval desviou forte, mas Lima salvou em cima da linha. Aos 33, foi a vez de Romerito ter a sua chance. O meia invadiu a área e finalizou sem ângulo. Mesmo assim o lance parou no poste direito de Diego.

O jovem Paulo Henrique ainda conseguiu acertar um belo chute aos 42, mas Cléber desviou pela linha de fundo. Pouco importava. O Atlético já estava sem inspiração no jogo e o grito de olé das arquibancadas embalou a torcida pernambucana até o apito final do árbitro.

GAZETA PRESS