| 15/07/2007 20h
Ninguém é campeão antes de jogar. Nem mesmo a festejada Argentina de Messi, Riquelme, Tevez e outros craques. Sem estrelas como Ronaldinho e Kaká, o time B do Brasil aplicou uma sonora goleada por 3 a 0 no início deste domingo, em Maracaibo, na Venezuela, e conquistou o título da Copa América.
Time B, registre-se, de bicampeão. Assim como em 2004, quando foi ao Peru sem vários jogadores considerados titulares, a Seleção Brasileira se superou diante dos nossos maiores rivais e trouxe o caneco para o país. Os argentinos, que deram show em toda a competição, ficaram só com o gostinho.
O escore de 3 a 0 sobre os hermanos, aliás, não é nenhuma novidade a Seleção Brasileira de Dunga. No dia 2 de agosto de 2006, logo no início da nova “Era Dunga”, o Brasil venceu a Argentina por 3 a 0, em amistoso realizado em Londres. A diferença é que desta vez valia título, o de melhor seleção das Américas.
Com Elano no lugar do capitão Gilberto Silva, o Brasil manteve a “pegada” no meio-de-campo e não deixou a Argentina respirar. Riquelme, Messi e Tevez foram anulados pelo esquema de Dunga. Desta vez, porém, não faltou velocidade para o time verde-amarelo na hora de sair para o ataque.
O primeiro gol saiu assim, logo aos quatro minutos. Depois de um desarme no meio, Elano fez um lançamento longo para Júlio Baptista. A Besta, como é conhecido por seu porte físico, deu um corte seco em Ayala e mandou um bomba na gaveta de Pato Abbondanzieri. Um golaço.
O bom zagueiro Ayala, aliás, não consegue se livrar da sina de vilão. Depois de ter desperdiçado um dos pênaltis contra a Alemanha, nas quartas-de-final da Copa do Mundo de 2006, o jogador voltou a falhar em lance crucial. Aos 40 minutos, Daniel Alves, que havia entrado no lugar de Elano, cruzou na área e o zagueiro tentou afastar, mas acabou chutando para dentro.
O 2 a 0 já estava de bom tamanho, mas a Seleção de Dunga acabou ampliando na segunda etapa. Aos 24 minutos, Vagner Love armou um contra-ataque rápido e deu um lindo passe para Daniel Alves chutar cruzado no canto direito e fazer o terceiro gol.
Depois disso, a Argentina bem que tentou, mas em nenhum momento conseguiu penetrar na defesa brasileira. A melhor chance de gol dos argentinos foi um chute na trave de Riquelme, ainda no primeiro tempo, quando o placar já estava um 1 a 0. E mais nada. É que, como sabemos, o amarelo faz mal aos olhos dos hermanos.
MÁRCIO LUIZ
marcio.luiz@rbsonline.com.br
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