| 16/07/2007 13h13min
Os dois espadistas brasileiros estão na segunda fase da disputa individual dos Jogos Pan-Americanos. Na manhã desta terça-feira, Athos Schwantes e Fernando van Linschoten conseguiram colocar seus nomes entre os 16 primeiros colocados na fase de grupos e agora irão para a fase eliminatória, que tem início no período da tarde. Athos surpreendeu. Embora tenha sido envolvido na polêmica por ferir acidentalmente o irmão Ivan e tirá-lo da disputa do Rio 2007, o esgrimista de 22 anos triunfou em cinco dos seis jogos que disputou e terminou na 10ª posição na classificação geral.
Ainda que apareça na modesta colocação de número 119 do ranking da Federação Internacional de Esgrima (FIE), Athos conseguiu vencer os três top 100 que caíram em sua chave. Ele superou o norte-americano Weston Kelsey, 17º do mundo, por 5 a 4, o venezuelano Ruben Limardo, 25º, por 3 a 2, e o cubano Guillermo Madrigal, 39. O único revés foi para o chileno Sérgio Penzo, na primeira partida, por 5 a 1.
Agora, o adversário de Athos será novamente Madrigal. Agora, no entanto, a forma de disputa muda e os jogos irão até 15 pontos.
Já Linschoten, que não possui ranking junto à FIE, não teve um desempenho tão bom como o do compatriota e ganhou apenas um jogo – o quarto, diante do canadense Jean-Pierre Christian Seguin, 70º da lista da entidade, por 4 a 2. No grupo do espadista estavam também o venezuelano Silvio Fernandez (sexto do mundo) e o cubano Andrés Carrillo (31º). O esgrimista brasileiro foi superado por estes adversários por 5 a 2 e 4 a 3, respectivamente.
Linschoten ficou na 15ª colocação e, agora, terá que brigar por vaga nas oitavas-de-final com o salvadorenho Gerson Ramírez, 18º na classificação geral e que figura no posto de número 368 do mundo. Se vencer, seu rival na fase dos 16 será novamente Carrillo, segundo melhor da primeira fase.
A espada é a arma em que a esgrima brasileira possui o maior número de conquistas pan-americanas, inclusive o único ouro, com Arthur Cramer em 1967. Além disso, o país já faturou outras quatro medalhas, sendo três de prata e uma de bronze.
A arma, no entanto, gerou polêmica na classificação. Além da perfuração pulmonar sofrida por Ivan Schwantes no treinamento, a vaga teve que ser decidida na Justiça. Isso porque Roberto Lazzarini, líder do ranking nacional, não foi aprovado no teste físico obrigatório e viu Linschoten, sexto do país, ficar com a vaga. O veterano espadista de 45 anos recorreu no tribunal, mas seu recurso foi cassado.
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