| 16/07/2007 14h05min
Mais uma vez sobrou desabafo dos atletas que competem em esportistes menos conhecidos no Brasil. A dupla do badminton Guilherme Pardo e Guilherme Kumasaka, que já garantiu pelo menos uma inédita medalha de bronze, reclamou da falta de apoio.
– Essa medalha vale mais que final de Copa do Mundo – desabafou o técnico Luis de França.
A Confederação só tem os recursos da Lei Piva, segundo o treinador. Beneficiados pela Bolsa Atleta na categoria nacional, Kumasaka e Pardo recebem R$ 750 de ajuda mensal do governo. E assim como aconteceu com a conquista do ouro por Diogo Silva, domingo, no taekwondo, o caminho da dupla de jogadores até o pódio do Pan foi marcado por empenho e sacrifícios pessoais.
– Eles pagaram do bolso para viajar para o Canadá e conseguir pontos no ranking para chegar aqui como cabeça-de-chave – lembra o treinador.
O problema foi a demora na liberação dos recursos do Governo para que a equipe cumprisse a programação preparatória para o evento. Como o dinheiro oficial não chegou a tempo, os atletas mobilizaram-se. Segundo Pardo, a Confederação bancou as passagens da dupla, que arcou com as despesas de alimentação e visto.
O Canadá foi sede do Campeonato Pan-americano da modalidade. Lá, Kumasaka e Pardo pararam nas quartas-de-final, mas conseguiram pontos suficientes para ficar entre os 60 melhores do ranking mundial. Como quarto melhores no ranking pan-americano, eles entraram encabeçando lista na disputa no Rio.
A dupla foi aos prantos juntamente com o restante da seleção ao final da partida. Na festa pela conquista da medalha, Kumasaka se jogou ao chão após o último ponto, sendo abraçado pelo parceiro e pelo restante da equipe que invadiu a quadra na comemoração. O chefe de equipe, Gilberto Pupo, ficou tão emocionado que começou a passar mal e teve de deixar o ginásio.
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