| 18/07/2007 02h41min
Do avião Airbus 320 da TAM que se acidentou hoje com 176 pessoas a bordo "só restou a cauda", declarou o governador de São Paulo, José Serra. O avião de 37 metros de comprimento e 34 de envergadura, capaz de alcançar 833 km/h, bateu num edifício de três andares, explodiu e se incendiou.
– Tudo foi muito rápido, uma loucura, como se o mundo tivesse acabado – afirmou José Carlos Gomes, que trabalhava como classificador de encomendas no edifício atingido.
O edifício pertencia à TAM Express, filial de carga e encomendas de TAM, nos arredores do aeroporto de Congonhas.
– Só vimos o avião vir para cima de nós e saímos correndo. Sei que muitos companheiros não conseguiram sair – explicou Gomes, com a voz embargada e os olhos úmidos.
Chovia quando o avião tocou o solo e, segundo testemunhas, o piloto não conseguiu completar a manobra de aterrissagem. O Airbus saiu da pista, atravessou a avenida Washington Luís tentando voltar a subir e foi cair sobre o edifício.
Parecia uma bomba
– O estrondo foi muito grande. Parecia uma bomba, mas todos sabíamos que se tratava de um avião – declarou Sonia Pereira, uma das funcionárias de uma cafeteria próxima à área da tragédia. – Vimos uma das asas cortar parte do edifício. Depois houve uma explosão e a fumaça não nos deixou ver mais nada – acrescentou Pereira.
Cerca de cem patrulhas de policiais e carros de bombeiros, mais de 200 soldados e 150 médicos e peritos legistas se preparavam para começar a recolher corpos carbonizados. No entanto, tinham que esperar a massa de metais retorcidos em que o avião se transformou se resfriar.
– As temperaturas devem ter superado os mil graus centígrados – disse Serra a jornalistas, no local do acidente.
Um galpão próximo foi condicionado com lonas e equipamentos de identificação para começar a receber restos humanos para um primeiro exame antes.
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