O zagueiro Michel Schmoller foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na noite de quarta-feira, por 180 dias. O jogador foi incluso no artigo 234 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva por (falsificar documento público ou particular, omitir declaração que deveria constar, inserir ou fazer inserir declaração falsa) e pegou a pena mínima.

Na esfera criminal, a delegada Ester Coelho, que acompanhou o caso, entregou relatório à procuradoria pública na última terça-feira. O pai de Michel, Antônio Schmoller, confessou que alterou (reduziu em três anos) a idade do filho, quando ele tinha 15 anos, para que ele tivesse melhores chances na carreira. E é isso que consta no relatório, segundo a delegada. Agora, um procurador será nomeado para avaliar o caso e tomar as medidas cabíveis.
 
O vice-presidente de assuntos jurídicos do Figueirense, João Batista Baby, afirmou que vai dar assistência ao jogador nas duas esferas. No âmbito esportivo, Baby acredita que foi uma decisão razoável da 3ª Comissão Disciplinar do STJD, a de impor a pena mínima ao jogador. Porém, vai conversar com Michel Schmoller (que está com a família no Paraná) para saber se o jogador deseja recorrer da decisão e pedir a absolvição, o que não deve acontecer.

A procuradoria do STJD também tem a condição de recorrer, solicitando uma punição maior. O prazo para impetrar o recurso é de três dias úteis _ expira, portanto, na próxima segunda-feira.

– Eu, como profissional, acredito que está de bom tamanho, até para servir de exemplo. Mas a decisão de recorrer ou não é do atleta – comenta Baby.